Dilma: acordo do Eduardo Cunha não era com governo, era com oposição
Sobre denúncias contra Cunha, ela disse lamentar que seja um brasileiro.
Para Dilma, suspeitas contra ele não prejudicam imagem do país.
A presidente Dilma Rousseff durante entrevista à imprensa, em Estocolmo (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)
A presidente Dilma Rousseff negou neste domingo (18), durante viagem à
Suécia, que o governo tenha feito qualquer acordo com o presidente da
Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e disse que o acordo dele
era com a oposição.Nos últimos dias, segundo o Blog do Camarotti, com o agravamento das denúncias contra ele, Cunha tem ensaiado uma aproximação com o governo para discutir a possibilidade de ter o seu mandato poupado no processo que responderá no colegiado por suposta quebra de decoro parlamentar. Até então, a estratégia do peemedebista era, respaldado pela oposição, pressionar o governo com a abertura de um processo de impeachment.
“Eu acho fantástica essa conversa de que o governo está fazendo acordo com quem quer que seja. Até porque o acordo do Eduardo Cunha não era com o governo, era com a oposição e é público e notório”, disse Dilma em entrevista coletiva em Estocolmo. Na última quinta-feira (15), Cunha também negou haver qualquer acordo com o govenro.
saiba mais
Segundo a petista, as conversas com presidentes de outros poderes se
resumem a votações de matérias no Congresso. “Eu acho estranho
atribuírem ao governo qualquer tipo de acordo que não seja acordo que se
faz com presidente de poder para passar CPMF [Contribuição Provisória
sobre Movimentação Financeira], DRU [Desvinculação das Receitas da
União], MPs [medidas provisórias]”, argumentou.- Se derrubo Dilma, no dia seguinte vocês me derrubam, diz Cunha à oposição
- PSOL e Rede acionam Conselho de Ética contra Eduardo Cunha
- Processo de Cunha termina até o fim do ano, diz presidente de conselho
- Cristiana Lôbo: De olho na vaga de Cunha
- Eduardo Cunha: veja as acusações contra o presidente da Câmara
Ao comentar as provas da existência de contas na Suíça contra Eduardo Cunha, a presidente afirmou que "lamenta que seja um brasileiro".
Questionada se as denúncias contra o peemedebista causam constrangimento ao Brasil no exterior, ela respondeu que seria "estranho se causassem". "Ele [Cunha] não integra o meu governo. Eu lamento que seja um brasileiro, se é isso que você [repórter] está perguntando", disse.
Para a presidente, o episódio envolvendo o presidente da Câmara não desgasta a imagem do Brasil. "Eu não diria isso. Acho que se distingue perfeitamente no mundo o país de qualquer um de seus integrantes. Nenhum país pode ser julgado por isso ou por aquilo, nem o Brasil nem a Suécia nem os Estados Unidos. E não se julga assim, acho que essa pergunta [sobre se prejudica ou não] bastante capciosa", afirmou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário