domingo, 25 de outubro de 2015

Evangélicos criticam a forma como Eduardo Cunha mistura política e religião.

Evangélicos criticam a forma como Eduardo Cunha mistura política e religião.

Evangélicos criticam a forma como Eduardo Cunha mistura política e religião, informa uma reportagem do jornal 'O Dia', publicada neste domingo, dia 25. "O povo merece respeito. Este é o discurso de campanha e de vida do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). No entanto, como diz o próprio povo, na teoria a prática é outra. Réu em uma fila de processos, acusado em uma série de escândalos, a ficha suja de Eduardo Cunha parece não ter fim".
A publicação informa que na semana passada, o procurador-geral da República em exercício, Eugênio Aragão, revelou que o deputado tem uma frota de carrões em nome de Jesus. No caso, Jesus.com, uma de suas empresas. Na internet, são de propriedade de Cunha mais de 200 endereços com o nome de Jesus ou usando a religião em benefício próprio. Resumindo: Cunha praticavelmente privatizou Cristo na internet. Em seu nome.
Este tipo de comportamento tem indignado aqueles que seguem, de fato, os ensinamentos da Bíblia. O pastor presbiteriano Edson Fernandes, mestre e doutor em Teologia pela PUC, é um dos que ficam perplexos ao ler as peripécias do deputado que, no Parlamento, prega contra a corrupção e fala em nome de Deus, mas ao descer da tribuna pratica tudo o que condena. “Esse negócio de ter o domínio de Jesus na internet é muito simbólico. É uma heresia. Quem tem domínio de Jesus ou da fé? Esta lógica do poder e de riqueza é o contrário de tudo o que Cristo pregava. Mas Cunha não é o único. São vários como ele. É preciso fazermos uma reflexão profunda sobre isso”, disse Edson Fernandes.
O pastor luterano Mozart Noronha, conhecido por ter feito o funeral de políticos tão distintos e distantes como o ditador Ernesto Geisel e o ex-governador Leonel Brizola, também é crítico da postura de Eduardo Cunha.“Estas igrejas neopentecostais são frequentadas por gente decente, humilde, mas ingênuas. São dominadas por lideranças contrárias ao Evangelho. Igrejas que viraram currais eleitorais e foram acopladas por partidos inescrupulosos. Isto nunca foi cristianismo. Este é o mundo do Eduardo Cunha”, diz Mozart.
Também mestre em Teologia pela PUC e professor de Filosofia na Universidade Cândido Mendes, ele se constrange ao ver tanta gente oposta ao cristianismo em eventos como a Marcha para Jesus, que, segundo ele, deturpam por completo o que diz a Bíblia. “São pessoas nocivas à vida pública. Moralistas na igreja e corruptos na prática cotidiana. Essa gente serve apenas ao poder. Quando vivemos sob ditadura, foi com o apoio deles. Cristo morreu ao fazer a opção por denunciar os corruptos que estavam no poder, em seu tempo. É o oposto do que fazem”, explicou.
Segundo os pastores, Eduardo Cunha seria denunciado por Jesus Cristo se este vivesse entre nós. “Cristo viveu para fazer o bem e denunciava hipocrisia. Obviamente faria isso com Cunha”, disse Mozart.
Leia a íntegra da reportagem, aqui.

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