quinta-feira, 22 de outubro de 2015

STF autoriza sequestro de R$ 9,6 milhões atribuídos a Cunha na Suíça. Dinheiro será depositado numa conta judicial no Brasil; deputado nega contas

STF autoriza sequestro de R$ 9,6 milhões atribuídos a Cunha na Suíça

Dinheiro será depositado numa conta judicial no Brasil; deputado nega contas

O ministro do STF, Teori Zavascki, autorizou nesta quinta-feira (22) um novo bloqueio e o sequestro de 2,4 milhões de francos suíços, valor equivalente a R$ 9,6 milhões, que estão em contas atribuídas ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), na Suíça. O valor será depositado numa conta judicial no Brasil. 
A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu o bloqueio e o sequestro do dinheiro ao STF, para garantir o ressarcimento aos cofres públicos, no caso de eventual condenação de Cunha pelo Supremo.
Pedido de abertura do inquérito foi baseado em informações prestadas pelo Ministério Público da SuíçaNa semana passada, Zavascki abriu inquérito para investigar as contas. O pedido de abertura do inquérito, feito pela PGR, foi baseado em informações prestadas pelo Ministério Público da Suíça, que identificou quatro contas atribuídas ao presidente da Câmara naquele país. 
Pedido de abertura do inquérito foi baseado em informações prestadas pelo Ministério Público da Suíça
Para a PGR, além de Cunha, a mulher dele, Claudia Cruz, era uma das beneficiárias das contas, que movimentaram cerca de US$ 24 milhões. A PGR pretende investigar se Cunha e sua família cometeram o crime de evasão de divisas, caracterizado pelo envio ilegal de dinheiro ao exterior sem declaração à Receita Federal. 
A suspeita é que os valores são decorrentes de propina recebida por Cunha em um contrato da Petrobras para exploração de petróleo em Benin, na África. Segundo a procuradoria, não há dúvidas sobre a titularidade das contas e da origem dos valores.
Na semana passada, em nota à imprensa, Cunha reafirmou que não tem contas no exterior e nunca recebeu “vantagem de qualquer natureza”.
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* Com Agência Brasil

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