STF autoriza sequestro de R$ 9,6 milhões atribuídos a Cunha na Suíça
Dinheiro será depositado numa conta judicial no Brasil; deputado nega contas
O ministro do STF, Teori Zavascki, autorizou nesta quinta-feira (22) um novo bloqueio e o sequestro de 2,4 milhões de francos suíços, valor equivalente a R$ 9,6 milhões, que estão em contas atribuídas ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), na Suíça. O valor será depositado numa conta judicial no Brasil.A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu o bloqueio e o sequestro do dinheiro ao STF, para garantir o ressarcimento aos cofres públicos, no caso de eventual condenação de Cunha pelo Supremo.
Na semana passada, Zavascki abriu inquérito para investigar as contas. O pedido de abertura do inquérito, feito pela PGR, foi baseado em informações prestadas pelo Ministério Público da Suíça, que identificou quatro contas atribuídas ao presidente da Câmara naquele país.
Para a PGR, além de Cunha, a mulher dele, Claudia Cruz, era uma das beneficiárias das contas, que movimentaram cerca de US$ 24 milhões. A PGR pretende investigar se Cunha e sua família cometeram o crime de evasão de divisas, caracterizado pelo envio ilegal de dinheiro ao exterior sem declaração à Receita Federal.
A suspeita é que os valores são decorrentes de propina recebida por Cunha em um contrato da Petrobras para exploração de petróleo em Benin, na África. Segundo a procuradoria, não há dúvidas sobre a titularidade das contas e da origem dos valores.
Na semana passada, em nota à imprensa, Cunha reafirmou que não tem contas no exterior e nunca recebeu “vantagem de qualquer natureza”.
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* Com Agência Brasil
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