Funcionários da RG, no entanto, negaram terem executado o projeto.
Polícia ouviu depoimentos nesta quinta; Guaracamp ainda será ouvida.
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Adutora se rompe em Campo Grande, na Zona
Oeste da do Rio, e alaga casas e ruas do
bairro (Foto: Reprodição / TV Globo)
A Polícia Civil ouviu nesta quinta-feira (1º) dois engenheiros que
assinaram plantas da obra na fábrica da Garacamp, que fica próximo ao
local onde uma adutora da Cedae se rompeu na terça-feira (30) em Campo
Grande, na Zona Oeste do Rio. Com a inundação causada pelo acidente, a
menina Isabela Severo da Silva, de 3 anos, morreu, e 16 pessoas ficaram
feridos. De acordo com a delegada Tatiene Damaris, da 35ª DP (Campo
Grande), os funcionários da empresa RG Projetos admitiram ser os
responsáveis pela elaboração do projeto, mas negaram ter executado a
obra.Oeste da do Rio, e alaga casas e ruas do
bairro (Foto: Reprodição / TV Globo)
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Na empresa, a polícia localizou plantas assinadas pelos dois
engenheiros da RG Projetos — que não tiveram os nomes revelados — e
outras plantas sem assinatura. Agora, a delegada quer saber que empresa
executou a obra. Para isso, representantes da Guaracamp foram intimados a
depor na próxima segunda-feira (5). No mesmo dia, os dois engenheiros
já ouvidos devem apresentar documentos referentes ao projeto para ajudar
nas investigações.- FOTOS: Veja imagens das casas destruídas
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Para a delegada, a hipótese mais provável é que a obra tenha causado o rompimento da adutora. "A principal linha de investigação é que essa obra tenha sido mal executada, atingindo a adutora", disse a delegada Tatiene Damaris.
Nova perícia
Na manhã desta quinta-feira, peritos em engenharia do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), acompanhados da delegada Tatiene Damaris, fizeram uma nova perícia no terreno ao lado da fábrica da Guaracamp, na Rua do Encanamento, em Campo Grande, e no local onde a adutora se rompeu.
Após prestar depoimento, o diretor de produção da Cedae, Jorge Briard, também acompanhou os trabalhos da perícia e afirmou que para a empresa não importa de quem é a culpa. “A Cedae vai manter o planejamento de assistência às vítimas da mesma forma, independentemente de qualquer tipo de conclusão de motivações que tenham colaborado para que tivesse ocorrido o rompimento", afirmou Briard.
Segundo ele, não dá pra dizer que não se sabia que passava uma tubulação no local. "Todos sabem das adutoras, tem partes até aparentes, como as caixas de inspeção. É histórico e isso aqui se chama Rua do Encanamento. Aqui, tinham marcos divisórios mostrando o limite com a pista. Não dá para dizer que não se sabia que aqui passa um volume de grande porte de água”, ressaltou o diretor de produção da Cedae.
O diretor de produção da Cedae afirmou ainda que a empresa não foi informada pela Guaracamp sobre a realização da obra.
A delegada Tatiene Damaris aguarda os laudos da perícia que devem ser determinantes na apuração da responsabilidade pelo rompimento da adutora.
"Essa perícia de engenharia, especializada, verifica várias questões como a pressão do solo e se foi feita proteção adequada. No laudo, os peritos vão apontar como a obra deveria ter sido feita e como, de fato, ela foi realizada", explicou a delegada.
Casas destruídas
Nesta quinta-feira, o diretor de produção da Cedae, Jorge Briard, reafirmou que a empresa arcará com os custos dos prejuízos dos moradores, inclusive com a reconstrução de casas destruídas pela força da água e ressarcimento pelas perdas materiais.
As famílias que não puderam voltar para as suas casas foram encaminhadas para um hotel da região. “Estamos mantendo um assistente da presidência com as famílias que dá dando toda a assistência de roupa, calçado, para ver os melhores preços, está vendo a qualidade da comida que está sendo servida, pra ver se o atendimento está legal", disse Briard.
O acidente, que ocorreu na terça-feira (30), provocou a morte de Isabela Severo da Silva, de 3 anos, e deixou dezenas de feridos.
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