Nacional : “O congelamento da tarifa representaria R$ 1,5 bilhão de subsídios” diz prefeito de São Paulo
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, concedeu entrevista coletiva nesta manhã para se posicionar a respeito das recentes manifestações na maior cidade brasileira. Segundo ele, a prefeitura tem se esforçado e está colocando R$ 600 milhões no subsídio ao ônibus para manter o preço. O prefeito ainda lembrou que a gestão municipal segurou a tarifa de R$ 3,00 até julho para evitar sobrecarga sobre os paulistanos.
Haddad disse aos jornalistas que terá uma reunião com os representantes do Movimento Passe Livre até sexta-feira para definir um encaminhamento para o valor da passagem. “A coisa mais fácil do mundo é agradar no curto prazo, tomar decisões populistas”, disse. Segundo o prefeito, é preciso ponderar sobre o que pode ser feito para, no longo prazo, garantir o preço da passagem.
Na sua opinião, o trabalho para reduzir o valor da passagem passa por uma política de desoneração tributária e pelos investimento nos serviços. “Para diminuirmos a passagem, ou corta em outras áreas ou avançamos na desoneração”, disse. Segundo ele, no debate com a presidenta Dilma Rousseff no aeroporto de Guarulhos, a conversa girou em torno das possíveis mudanças tributárias e sobre as obras do PAC Mobilidade Urbana.
O prefeito reforçou que para manter o preço da passagem congelado seria necessário um subsídio de R$ 1,6 bilhão neste ano até R$ 2,7 bilhões em 2016. Segundo ele, a tarifa zero representaria um comprometimento de 7% no orçamento municipal.
Segundo ele, os ataques à sede da prefeitura ontem “foram atos de vandalismo” e precisam ser punidos com severidade. “Eu penso que gestos como o de ontem não contribuem para o desenvolvimento da cidade. O que aconteceu aqui foi atrocidade contra a cidade, contra a Prefeitura, Theatro Municipal e sede do governo”, afirmou Haddad.
Com informações da Agência Brasil
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