A
decisão pela greve aconteceu desde a semana passada, depois que o
pagamento da primeira parcela da participação nos lucros da empresa não
foi efetuado. Apesar da paralisação, o sindicato da categoria garante que os serviços essenciais de operação e distribuição serão assegurados
Trabalhadores da Rede Celpa entram em greve por tempo
indeterminado partir desta terça-feira (16) no Pará. No total, os 2.100
profissionais da empresa devem aderir à paralisação. O Sindicato dos
Urbanitários no Pará garante que a população não será penalizada.
A decisão pela greve aconteceu desde a semana
passada, depois que o pagamento da primeira parcela da participação nos
lucros da empresa não foi efetuado.
O presidente do Sindicato dos Urbanitários no Pará,
Ronaldo Romeiro, explica que a posição radical dos trabalhadores
aconteceu depois que a empresa descumpriu o pagamento previsto no acordo
coletivo que já havia sido acertado junto aos funcionários da Celpa.
Ainda segundo ele, o pagamento da primeira parcela do
acordo deveria ter sido feito no último dia 11 de outubro e no mês de
novembro aconteceria uma nova negociação para determinar o valor final a
ser pago em uma segunda parcela, prevista para o dia 30 de abril de
2013.
Como não foi efetuado o pagamento, a categoria fez
uma paralisação de advertência por 24 horas. Mas desde a semana passada,
a empresa não havia se posicionado sobre o assunto. ‘O não pagamento
feriu a décima clausula que regulamenta a participação nos lucros e
resultados da empresa pelos trabalhadores, estabelecido por um acordo
coletivo de trabalho’, afirma Romeiro.
Apesar da paralisação, o sindicato da categoria
garante que os serviços essenciais de operação e distribuição, além de
casos emergenciais de risco a segurança e saúde, serão assegurados. O
setor totalmente parado será o administrativo e parcialmente o de
manutenção. ‘A greve não é contra a população. O povo e os trabalhadores
são vítimas da má gestão da Rede Energia e não podem ser penalizados.
Precisamos ter nossos direitos garantidos’, defende o presidente do
sindicato.
Ronaldo Romeiro também afirma que a posição dos
trabalhadores foi tomada depois que o mesmo acordo foi cumprido em
outras concessionárias de energia administradas também pelo grupo.
“O acordo foi feito diretamente com a Rede Energia,
que em outras cidades apresenta uma crise ainda mais crítica, mas não
impediu que o pagamento fosse realizado. Tanto que funcionários da Celpa
que estão em São Paulo e Tocantins chegaram a receber normalmente. Mas
no Pará ninguém recebeu. Nosso questionamento a empresa é: por que
apenas o nosso Estado foi prejudicado?”.
Em nota enviada à reportagem, a Celpa informou que
uma medida judicial garante o acesso à empresa dos empregados que não
aderiram ao movimento grevista perpetrado pelo Sindicato dos
Urbanitários.
A nota reitera ainda que a decisão da justiça prevê
que 70% das atividades, em todos os setores da empresa não sejam
prejudicadas com a greve. Em caso de eventual descumprimento, o
sindicato deve pagar multa de R$100.000,00 (cem mil reais).
Fonte: ORM
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