Por Ulisses Pompeu – de Marabá
Passada a eleição, moradores de Marabá começaram a
conviver com lixo espalhado nas ruas porque funcionários da empresa
responsável pela coleta (Leão Ambiental) entraram em greve para tentar
receber salários atrasados. O problema se agravou, o lixo começou a
incomodar ainda mais e o prefeito veio a público nesta segunda-feira,
dia 15, dizer que a culpa era da Leão Ambiental, que “fazia corpo mole”
para realizar seu papel.
Diante
disso, a Leão rugiu forte e enviou uma nota à Imprensa, informando que
enfrenta dificuldades financeiras por causa do não pagamento dos
serviços por parte da prefeitura, mas afirma que, apesar desse atraso,
superior a oito meses, vem efetuando todos os esforços para manter os
serviços de limpeza de acordo com ordem de serviço da Administração
Pública, cumprindo suas obrigações contratuais”.
A nota finaliza dizendo que “houve um acúmulo de
resíduos durante o final da campanha eleitoral, porém a situação está
sendo regularizada apesar da falta de pagamento”.
Em seu comunicado, a Leão Ambiental não cita valores,
mas, pelo que foi amplamente divulgado à época da assinatura do
contrato, a Prefeitura de Marabá pagaria R$ 1.800.000 mensalmente pela
prestação dos serviços e, nessa média, a dívida já estaria em R$
14.400.000,00.
No último final de semana, a população de alguns
bairros começou a protestar e a fechar algumas ruas com lixo, queimando
os detritos em via pública. Na rede social Facebook, uma pessoa lançou a
campanha”Ponha Lixo na Frente da Prefeitura” e em poucas horas mais de
120 pessoas já tinham compartilhado a ideia.
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