quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Agronegócio resiste em apoiar Marina, diz vice de Taques


Carlos Fávaro lembra histórico de ex-senadora, que foi crítica feroz da bancada ruralista

Tony Ribeiro/MidiaNews
Carlos Fávaro, candidato a vice de Taques: agronegócio resiste em apoiar Marina Silva
ANA ADÉLIA JÁCOMO
DA REDAÇÃO
Candidato a vice-governador na chapa de Pedro Taques (PDT), o produtor rural Carlos Fávaro (PP) afirmou que, como substituta de Eduardo Campos (PSB), na disputa pela Presidência da República, Marina Silva (PSB) terá que se esforçar bastante para conseguir o apoio do agronegócio em Mato Grosso.

Fávaro admitiu que o setor resiste em aceitar a candidata socialista, em contrapartida à decisão das alianças partidárias de cederem palanques para os cinco presidenciáveis.

Marina é ex-senadora e foi crítica contumaz da bancada ruralista, durante o tempo em que atuou no Congresso.

Ela votou, por exemplo, contra o novo Código Florestal e possui diversas divergências ideológicas com o setor.

“A resistência do agronegócio se dá por certas restrições às posturas que a Marina teve no passado. E, com certeza, irão cobrá-la  sobre essa postura, enquanto candidata à Presidência da República. Agora, depende de ela saber se comunicar com o setor, para ver se merece algum apoio ou não. Depende muito mais dela. Temos outras opções para presidenciáveis. Ela que sabe qual a postura que deve tomar com o setor”, disse Fávaro.

Uma semana após a morte de Eduardo Campos, em acidente aéreo na cidade de Santos (SP), o PSB definiu que o deputado Beto Albuquerque (RS) será o vice de Marina Silva.

Pesquisa do Datafolha, do jornal Folha de S. Paulo, divulgada no início dessa semana, apontou a candidata do PSB em segundo lugar nas intenções de voto.

Fávaro atribuiu o cenário favorável ao “clamor da emoção”, pelo falecimento prematuro do líder do partido em acidente aéreo.

“As pesquisas refletiram o clamor da emoção. As coisas têm que tomar clareza com o programa eleitoral, com as propostas, com os compromissos, os debates. São essas coisas que vão dando clareza à campanha”, disse.

Doações do agronegócio

Pedro Taques e Carlos Fávaro, no entanto, receberam o apoio maciço do agronegócio em Mato Grosso.

Segundo dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), grandes produtores rurais do Estado são seus financiadores de campanha.

Como, por exemplo, Nelson José Vigolo, dono do Grupo Bom Jesus, que, sozinho, doou R$ 1,2 milhão.

O bloco também conta com o apoio da família do senador Blairo Maggi (PR). O clã proporcionou a Taques mais de R$ 500 mil em doações de campanha (leia mais AQUI).

“Eraí doou recursos muito importantes para nossa campanha, e está na coordenação de campanha. Apoia a presidente Dilma Rousseff à reeleição, mas em Mato Grosso, é Pedro Taques”, disse o candidato.



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