domingo, 6 de abril de 2014

Sarney sente peso das redes sociais e diz que “o poder não pode mais como nos velhos tempos”.

SENADOR JOSÉ SARNEY

Assistindo perplexo ao efeito avassalador das redes sociais , leia-se blogs, facebook, twitter, instagram, etc, o senador José Sarney publicou, neste domingo (06), no jornal de propriedade da sua família, um curioso artigo intitulado “O poder que não pode”, onde admite que as atuais ferramentas digitais da Comunicação suplantaram o poder tradicional que antes era “hegemônico”.
“Desse modo, a juventude que passa o dia e a noite navegando vai transformando o mundo, por sua vez já transformado. O poder não pode mais como nos velhos tempos”, admitiu Sarney, após uma semana dura para o grupo que comanda o Maranhão há mais de cinco décadas e que viu a governadora Roseana abrir mão de disputar o Senado, temendo perder o controle do governo do Estado, desfecho esse que é consequência das inúmeras reações nas redes sociais.
“Mas, hoje, o que está no auge das indagações são as consequências do mundo digital sobre o poder. Desapareceu o tempo das potências hegemônicas e do poder hegemônico. Hoje não existe mais o espaço da bipolaridade e o mundo cria novos núcleos de poder que despontam aqui e ali e, embora pequenos ou médios, inibem o poder maior”, rendeu-se Sarney, textualmente, para reconhecer, do seu modo, o poder das redes sociais.
Secom arcaica e parada no tempo
Fazendo uma rápida análise sobre o que impulsionou o desgaste excessivo do governo Roseana Sarney nas redes sociais, pode-se dizer que muito disso é consequência da inabilidade de uma Secretaria de Comunicação que parou no tempo e não acompanhou a revolução do mundo digital, das redes sociais e se encolheu às formas de mídia tradicionais.
Ao contrário de líderes políticos que se inseriram no mundo digital, a governadora Roseana Sarney não é agente, líder nas redes sociais. Quando aparece é sempre em forma de “fake” irônico (perfil falso) ou quando um assessor faz, alimenta. O público desse atual mundo digital é exigente e reprova isso. Esse universo é de interação, é de presença, é de verdade, não há espaço para coisas artificiais.
Um exemplo de liderança política que, apesar de já ter passado dos 70 anos, procurou acompanhar e se inserir no espaço das novas mídias foi o ex-governador José Reinaldo Tavares, presente em todas as redes sociais que hoje formam opinião. Ao contrário disso, a governadora e sua arcaica Secretaria de Comunicação preferiram parar no tempo para serem “engolidas” pelo avassalador mundo digital.
Roseana Sarney, José Sarney, o ex-prefeito João Castelo, o ministro Edson Lobão são exemplos de grandes e maduras lideranças políticas que se deixaram “atropelar” pelo mundo das redes sociais ao contrário de José Reinaldo Tavares que está no mesmo patamar de idade dos citados, com exceção apenas da governadora que  está na faixa etária dos 60 anos, mas que se fosse bem assessorada também teria se inserido no processo digital como agente, digo como formadora de opinião nesse novo espaço.
Enquanto isso, o comunista Flávio Dino e o secretário estadual de Saúde, Ricardo Murad, são exemplos de líderes políticos que conseguem formar opinião no mundo digital porque são agentes, líderes de suas próprias redes sociais por mais que um assessor ou outro também ajude na alimentação de suas páginas. No caso deles, há uma interação, há uma intimidade com a massa destas novas mídias, daí um reflexo positivo em suas imagens.
As redes sociais, portanto, não são ferramentas apenas das novas gerações. Há espaço para todos, independente de idade, basta apenas se inserir e procurar usá-las com inteligência e competência.

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