quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Julgamento do caso Bruno entra no terceiro dia


O julgamento do caso Bruno entra no terceiro dia, no Fórum de Contagem (MG), com os depoimentos de testemunhas de defesa. No início da sessão, a juíza Marixa Fabiana deve analisar o pedido da acusação para que cinco testemunhas sejam dispensadas, sob alegação de “quebra de incomunicabilidade”. Segundo o promotor Henry Wagner Vasconcelos de Castro, estas pessoas foram flagradas usando telefone celular.
Serão ouvidos os advogados dos réus, depois a promotoria e, por fim, será dado o parecer da juíza Marixa Fabiane Lopes sobre o pedido. Como há esta pendência em relação às testemunhas, não está decida a ordem dos depoimentos em defesa do goleiro Bruno Fernandes, de Luiz Henrique Romão – o Macarrão – e de Fernanda Gomes de Castro.
Bruno, Dayanne e Macarrão durante audiência. Acusação pediu a dispensa de 5 testemunhas
Na sessão de ontem, o detento Jaílson Alves de Oliveira, que depôs como testemunha de acusação, confirmou que ouviu Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, dizer, dentro da cadeia, que matou Eliza Samudio e que jogou suas cinzas na água. Segundo Jaílson, o ex-policial teria dito a ele que "só encontram a Eliza se os peixes falarem. Ela foi queimada no 'micro-ondas' (fogueira com pneus) e as cinzas jogadas numa lagoa".
A testemunha também confirmou que Bola contou que mataria cinco pessoas envolvidas com o julgamento, entre elas a juíza Marixa Fabiana, com a ajuda do traficante Nem. Segundo Jaílson, o ex-policial afirmou que Nem devia favores a Bruno.
Durante o julgamento, o detento também denunciou que foi ameaçado pelo goleiro dentro da penitenciária Nelson Hungria na semana passada. Jaílson afirmou que, na última terça-feira, estava em seu banho de sol na entrada da enfermaria quando Bruno passou com um agente para seguir para a psiquiatria. Segundo o detento, neste momento o atleta o ameaçou, dizendo: "Ô Jaílson, o que é seu está guardado, sua hora vai chegar, você mexeu com a pessoa errada".
Jaílson afirmou para a juíza que, se precisasse, "falava na cara de Bruno agora (durante o julgamento)". Com a permissão da magistrada, o detento se virou para Bruno e questionou. "Você não me ameaçou?". O goleiro, surpreso, respondeu: "Nem te conheço, parceiro".

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