No velório do engenheiro Sergio Eduardo Favero Salvadori, dois objetos simbolizavam suas maiores paixões na vida: uma camisa do São Paulo Futebol Clube e um capacete da Companhia do Metropolitano de São Paulo.
Leia sobre outras mortes
Filho mais velho de um contador e de uma professora e funcionária pública, Sergio nasceu em Itu (SP). Diferentemente dos três irmãos (dois cardiologistas e uma bióloga), preferiu as exatas.
Em 1969, pela USP de São Carlos (SP), formou-se em engenharia, especializando-se em edifícios e grandes estruturas. Chegou a fazer estágio na França antes de entrar para o Metrô, em 1975.
Desde então, atuou diretamente na construção de todas as linhas de São Paulo. Também acompanhou a construção das estações de ônibus do Tietê e da Barra Funda, da rede de trólebus no ABC e dos shoppings Tatuapé e Santa Cruz, que possuem ligação com estações.
Por um curto período, em 2007 e início de 2008, foi diretor de infraestrutura da SPTrans, cargo que atualmente ocupava no Metrô.
O trabalho era seu grande orgulho, como conta a família. Quando visitava outras cidades, aproveitava para observar detalhes da rede de metrô, como fez em Paris.
É descrito como brincalhão pela família. Adorava vinhos e participava de uma confraria com os amigos do trabalho para degustar bebidas de todos os cantos.
Tinha cadeira cativa no Morumbi e era do tipo que quase arrancava a espuma do sofá nas derrotas do time.
Morreu na quinta-feira (9), aos 65, do coração. Deixa viúva, três filhos e dois netos.
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