quinta-feira, 16 de junho de 2011

Corpos de vítimas do voo 447 serão entregues em 4 meses

O governo francês informou nesta quarta-feira que os corpos das vítimas do voo 447 resgatados do oceano Atlântico serão entregues aos familiares em até quatro meses. O acidente com o avião da Air France aconteceu em 31 de maio de 2009, quando caiu no mar ao fazer a rota Rio-Paris, causando a morte dos 228 ocupantes.
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"Eles disseram que daqui a quatro meses os corpos serão entregues às famílias todas de uma vez e estará tudo concluído", disse o presidente da Associação das Famílias do Voo 447 da Air France, Nelson Faria Marinho, 68, que perdeu o filho no acidente.
Representantes das famílias participaram de uma reunião em Paris, na manhã de hoje, com autoridades francesas. Segundo Marinho, as famílias estrangeiras serão avisadas sobre a retirada dos corpos através dos consulados, e todas as despesas de transporte serão custeadas por uma seguradora e pela Air France.
De acordo com o BEA (Birô de Investigações e Análises), órgão do governo francês responsável pela investigação do acidente, o navio Ile de Sein --encarregado dos resgates-- chegará amanhã (16) ao porto de Bayonne, no sudoeste da França.
Os 104 corpos resgatados do oceano serão encaminhados para um instituto médico legal em Paris. Já as peças do Airbus A330 serão transferidas para um galpão da empresa DGA em Toulouse (sul da França), onde serão analisadas.
Outros 50 corpos, sendo 20 deles de brasileiros, foram retirados do mar logo após a catástrofe, em 2009. As vítimas eram de 33 nacionalidades. Franceses (72), brasileiros (59) e alemães (26) totalizavam mais de dois terços das pessoas a bordo.
IDENTIFICAÇÃO
O processo de identificação dos corpos deverá começar ainda esta semana e poderá levar meses, segundo o coronel François Daoust, diretor do Instituto de Pesquisas Criminais da Polícia Militar (IRCGN, na sigla em francês). Uma equipe de legistas e dentistas realizará exames para detectar cirurgias, implantes, e analisar a dentição, além da comparação com o material genético de parentes.
Daoust alerta que os 104 restos mortais resgatados podem não representar 104 vítimas, já que algumas partes podem ser de um mesmo passageiro.
O instituto já dispõe das informações necessárias à identificação e do DNA dos familiares das vítimas europeias. Segundo Nelson Marinho, o material genético da famílias brasileiras, já colhido pela Polícia Federal na época do acidente, foram entregues ao governo francês.
Sobre buscas pelos restos mortais restantes, Marinho afirma que não existe essa possibilidade. "Os trabalhos de buscas estão encerrados. Aqueles 74 corpos ficaram lá. O diretor do BEA me disse categoricamente que não existem corpos, eles estavam muito despedaçados".

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