EXCLUSIVO : O LIBERAL DE DOMINGO DESTACA QUE EMPRESÁRIO DIZ QUE JADER BARBALHO E ELCIONE AUTORIZARAM A ENTRADA DE LIXO TÓXICO NO PARÁ
LEIA ABAIXO A MATÉRIA COMPLETA
JADER E
ELCIONE INTERMEDIARAM ENTRADA DE LIXO TÓXICO NO PARÁ
Empresário
preso em São Paulo diz que senador e deputada foram patronos do maior desastre
ambiental da Amazônia.
Evandro
Corrêa
Especial
para O Liberal
Uma
revelação, feita na última semana, aos promotores de justiça do Pará, que acompanham
o rumoroso caso de inúmeras toneladas de lixo tóxico que foram despejadas no
município de Ulianópolis, no sudeste do Pará, pode esclarecer muitas questões
relativas à autorização para a entrada do material, altamente perigoso, em solo
paraense, que deu origem ao maior desastre ambiental da Amazônia. O empresário
Pedro da Silva, preso em São Paulo por agentes do GAECO, em janeiro deste ano,
fez revelações bombásticas aos membros do Ministério Público paraense, liderados
pelo Procurador de justiça Nelson Medrado, que viajaram até São Paulo para colher,
na prisão, a oitiva do empresário. Para os promotores, Pedro Silva disse que
sofreu muita pressão de deputados paraenses e de políticos influentes para a
não instalação da usina de incineração no Pará.
Ele narrou
que chegou a pagar passagens e propina a muitas pessoas, sendo que só conseguiu
instalar a empresa em Ulianópolis e obter a autorização para o transporte e
armazenamento dos resíduos tóxicos depois da interferência direta de Jader
Barbalho e da deputada federal Elcione Barbalho. O depoimento foi todo gravado
e está em poder da Força Tarefa criada pelo Ministério Público para apurar todas
as circunstancias que levaram a entrada do material tóxico no Pará. “Ele disse que
está com muito medo e que teme ser morto”. Disse o procurador Nelson Medrado,
em entrevista exclusiva ao jornal O Liberal, ressaltando que o empresário afirma
ter várias provas e documentos comprometedores.
No
depoimento de mais de duas horas, Pedro Silva diz que tem medo de voltar ao
Pará e que teme por sua vida, uma vez que já sofreu um atentado em São Paulo.
Pedro Silva disse ainda aos promotores que tem muita gente “graúda” envolvida
no desastre ambiental de Ulianópolis e que tem plena consciência de que o
material depositado na área pode dizimar uma população inteira, podendo causar
a morte de milhares de pessoas.
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