"Shade balls": Milhões de bolas são liberadas em reservatório da Califórnia.
A crise da água não está afetando apenas algumas cidades aqui do
nosso país. Na Califórnia o problema provocado pela seca que atinge o
Estado há quatro anos é bastante sério, e, em um esforço para proteger
seus reservatórios, a prefeitura de Los Angeles tomou uma medida pra lá
de inusitada.
De acordo com Brad Plumer do portal Vox, 96 milhões de bolas foram
despejadas em um dos reservatórios da cidade para bloquear a ação do sol
e, assim, evitar que reações químicas ocorram na água, bem como para
reduzir a proliferação de algas e a evaporação.
Segundo Eric Roston do portal Bloomberg Business, as esferas são
conhecidas como “shade balls” — ou “bolas de sombra” em tradução livre —
e são feitas de polietileno revestido com um material que bloqueia a
passagem dos raios ultravioletas.
Elas contam com um pouco de água em seu interior para não sair do lugar e
são usadas há anos para controlar a liberação de gases em tanques
industriais, afugentar pássaros de corpos hídricos próximos a aeroportos
e evitar a evaporação da água em operações relacionadas à extração de
petróleo.
Benefício extra
No caso de Los Angeles, a principal função das bolas será a de preservar
a qualidade da água. Conforme explicou Plumer, a água dos reservatórios
da cidade é proveniente de aquíferos e contém uma quantidade
significativa de brometo — que vem naturalmente na água obtida a partir
desse tipo de fonte. Além disso, o líquido também foi tratado com cloro
para torná-lo potável.
Acontece que o sol desencadeia reações químicas entre o brometo e o cloro que resultam na produção de bromato — e existem evidências que apontam que esse composto químico pode ser um elemento carcinogênico para os humanos. Sendo assim, a cobertura de bolas servirá para bloquear a passagem dos raios solares e, portanto, para evitar que as reações químicas ocorram. Além disso, a falta de luz também reduzirá a proliferação de algas no reservatório.
Entretanto, o uso das bolas traz outro benefício, que é o de frear parte da evaporação da água. A estimativa é de que a cobertura evite a evaporação de mais de 1,1 bilhão de litros por ano em Los Angeles, o que não é lá muita coisa se considerarmos que a cidade consome mais de 50 bilhões de litros anualmente. Por outro lado, 1 bilhão de litros é melhor do que nada, não é mesmo?
A operação que envolveu a liberação das 96 milhões de bolas no reservatório custou US$ 34,5 milhões — ou o equivalente a cerca de R$ 120 milhões —, e a expectativa é de que as esferas durem por 10 anos até que precisem ser recicladas. E você, caro leitor, acha que o mesmo sistema poderia funcionar por aqui? Conte para a gente nos comentários.
Fontes:
Vox/Brad Plumer, Bloomberg Business/Eric Roston e MegaCurioso
Acontece que o sol desencadeia reações químicas entre o brometo e o cloro que resultam na produção de bromato — e existem evidências que apontam que esse composto químico pode ser um elemento carcinogênico para os humanos. Sendo assim, a cobertura de bolas servirá para bloquear a passagem dos raios solares e, portanto, para evitar que as reações químicas ocorram. Além disso, a falta de luz também reduzirá a proliferação de algas no reservatório.
Entretanto, o uso das bolas traz outro benefício, que é o de frear parte da evaporação da água. A estimativa é de que a cobertura evite a evaporação de mais de 1,1 bilhão de litros por ano em Los Angeles, o que não é lá muita coisa se considerarmos que a cidade consome mais de 50 bilhões de litros anualmente. Por outro lado, 1 bilhão de litros é melhor do que nada, não é mesmo?
A operação que envolveu a liberação das 96 milhões de bolas no reservatório custou US$ 34,5 milhões — ou o equivalente a cerca de R$ 120 milhões —, e a expectativa é de que as esferas durem por 10 anos até que precisem ser recicladas. E você, caro leitor, acha que o mesmo sistema poderia funcionar por aqui? Conte para a gente nos comentários.
Fontes:
Vox/Brad Plumer, Bloomberg Business/Eric Roston e MegaCurioso
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