Morre gari atropelado na Avenida Ipiranga, em Porto Alegre
Tiago dos Santos, 30 anos, estava internado em hospital, mas não resistiu.
O outro gari atingido, de 36 anos, está em estado gravíssimo no HPS.
O motorista que causou o acidente sofreu um mal súbito e não estava embriagado, de acordo com a Brigada Militar. Um exame feito pela equipe da ambulância do Sistema de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) constatou o problema. Revoltados com o atropelamento, colegas dos dois homens atingidos empurraram o carro dentro do Arroio Dilúvio, que corta a Avenida Ipiranga, na capital gaúcha.
"O Samu estava lá. Ele não estava embrigado, fez o teste do etilômetro. Ele teve um mal súbito", relatou o sargento Dirceu ao G1, no momento em que chegava com o motorista à Delegacia de Trânsito, pouco antes das 13h.
A suspeita de embriaguez foi levantada por testemunhas do acidente e por outros garis que trabalhavam na poda de árvores e aparo de grama no canteiro do Avenida Ipiranga. O motorista, que ainda prestaria depoimento à Polícia Civil, não teve a identidade divulgada.
de arroio (Foto: Marcelo Souto/Arquivo Pessoal)
Segundo a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), o atropelamento ocorreu próximo ao prédio da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), pouco antes das 10h. O veículo, um Fiat Uno, seguia pela avenida no sentido centro-bairro, quando atingiu os dois trabalhadores.
Logo após o atropelamento, houve um princípio de tumulto entre os colegas dos dois atropelados. Eles se revoltaram, empurraram o veículo para dentro do Arroio Dilúvio (veja o vídeo) e tentaram linchar o condutor, mas foram contidos pela Brigada Militar.
O funcionário público Marcelo Souto, de 41 anos, testemunhou quando os garis tentaram agredir motorista. "Quando eu cheguei o motorista já tinha atropelado os garis e estava saindo do carro. Eles [garis] foram para cima para tentar pegar ele, mas a polícia botou ele na viatura e levou embora, senão iam linchar ele", relatou.
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