segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Camarões deportam 2.500 nigerianos para prevenir ataques do Boko Haram

Camarões deportam 2.500 nigerianos para prevenir ataques do Boko Haram

Ataques suicidas de julho motivaram o endurecimento das relações.
O governo de Camarões deportou mais de 2.000 nigerianos que estavam ilegalmente no país, como parte das novas medidas de segurança para prevenção de ataques suicidas pelos jihadistas do grupo Boko Haram, segundo autoridades regionais.
O jornal local L’Oeil du Sahel informou que cerca de 2.500 nigerianos que habitavam Kousseri, cidade no extremo norte dos Camarões, tinham sido expatriados para o seu país, informação confirmada pelas autoridades.
Um funcionário de uma organização não-governamental da cidade disse que a maioria dos nigerianos exilados “tinha fugido das atrocidades do grupo Boko Haram”, refugiando-se nos Camarões.
As deportações aconteceram um dia após o presidente nigeriano, Muhammadu Buhari, visitar o país para debater a forma de combate contra a ameaça crescente do Boko Haram. Desse encontro entre Buhari e o presidente camaronês, Paul Biya, surgiu o compromisso, de ambas as partes, em manter e fortalecer a cooperação entre os dois países na luta contra os insurgentes.
Entre 12 e 25 de julho, houve três ataques suicidas, dois deles na capital regional, Maroua, que resultaram em 44 mortes. O posto da fronteira dos Camarões com a Nigéria, onde se situa Kousseri, que foi atingido por dois ataques suicidas desde junho, tem uma posição estratégica, com uma ponte apenas a separá-lo da capital do Chade, N’Djamena.

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