Camarões deportam 2.500 nigerianos para prevenir ataques do Boko Haram
Ataques suicidas de julho motivaram o endurecimento das relações.
O jornal local L’Oeil du Sahel informou que cerca de 2.500 nigerianos que habitavam Kousseri, cidade no extremo norte dos Camarões, tinham sido expatriados para o seu país, informação confirmada pelas autoridades.
Um funcionário de uma organização não-governamental da cidade disse que a maioria dos nigerianos exilados “tinha fugido das atrocidades do grupo Boko Haram”, refugiando-se nos Camarões.
As deportações aconteceram um dia após o presidente nigeriano, Muhammadu Buhari, visitar o país para debater a forma de combate contra a ameaça crescente do Boko Haram. Desse encontro entre Buhari e o presidente camaronês, Paul Biya, surgiu o compromisso, de ambas as partes, em manter e fortalecer a cooperação entre os dois países na luta contra os insurgentes.
Entre 12 e 25 de julho, houve três ataques suicidas, dois deles na capital regional, Maroua, que resultaram em 44 mortes. O posto da fronteira dos Camarões com a Nigéria, onde se situa Kousseri, que foi atingido por dois ataques suicidas desde junho, tem uma posição estratégica, com uma ponte apenas a separá-lo da capital do Chade, N’Djamena.
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