É o dito por não dito. Depois do comunicado divulgado no site da Presidência da Ucrânia que dava conta da existência de um cessar-fogo com a Rússia, Kiev surge agora com um discurso contraditório. Também o Kremlin, pela voz do seu porta-voz, Dmitri Peskov, optou por dizer que não houve nenhuma trégua porque Moscovo «não é parte do conflito».
Inicialmente, o chefe de Estado ucraniano, Petro Poroshenko, partilhou uma mensagem via Twitter que indicava o caminho para uma solução política:
«Em resultado da minha conversa telefónica com o presidente russo [Putin], chegámos a acordo para um cessar-fogo permanente no Donbass.»
Por outro lado, Vladimir Putin preferiu não se pronunciar acerca do assunto. O seu porta-voz, Dmitiri Pesko, foi quem assumiu as rédeas da situação. O responsável russo admitiu que «Putin e Poroshenko discutiram efetivamente medidas que contribuíram para um cessar-fogo entre as milícias e as forças ucranianas», mas rejeitou a ideia da negociação de uma trégua.
Segundo a BBC, o presidente da Ucrânia, Poroshenko, tinha anunciado um cessar-fogo permanente em Donestk e Lugansk. Contudo, algumas horas depois, e de acordo com o The New York Times, Poroshenko voltou atrás, considerando que foi «longe de mais ao descrever os resultados da conversação».
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