sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Fiscais da máfia do ISS também fraudaram IPTU, diz Ministério Público

Fiscais da máfia do ISS também fraudaram IPTU, diz Ministério Público
Fiscais da máfia do ISS também fraudaram IPTU, diz Ministério PúblicoNa casa do fiscal Luís Alexandre Magalhães, preso durante operação, os investigadores apreenderam uma lista com os nome e cadastros de IPTU de 80 empresas. (Reprodução/Portal G1) 
Advogado nega que cliente tenha fiscalizado cobrança do IPTU.
Pistas foram encontradas na casa do fiscal.

O Ministério Público tem provas de que auditores fiscais da Prefeitura de São Paulo, envolvidos na fraude do Imposto Sobre Serviços (ISS), também fraudaram o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), como informou o Bom Dia São Paulo na manhã desta sexta-feira (31).

As provas foram encontradas durante a investigação sobre o pagamento de propina para os auditores fiscais para fraudar o ISS.

Na casa do fiscal Luís Alexandre Magalhães, preso durante operação, os investigadores apreenderam uma lista com os nome e cadastros de IPTU de 80 empresas. O advogado de Luís Alexandre disse que não conhece a investigação sobre o IPTU, mas adiantou que o auditor não trabalhou na fiscalização desse imposto.

Magalhães e o também fiscal Carlos Augusto Di Lallo já haviam dado a entender, em uma conversa gravada, que também fraudaram o IPTU, segundo trecho de áudio divulgado pelo Bom Dia São Paulo.

Di Lallo: Todos esses anos nós levamos dinheiro. Quem pagou o pato?
Luís Alexandre: O Habite-se!
Di Lallo: Não pegaram o IPTU. O IPTTU não pegaram.
Luís Alexandre: A gente fez um monte de coisa no IPTU.

Comparando a lista encontrada na casa de Luís Alexandre com o sistema de cobrança da prefeitura, os promotores conseguiram entender como os fiscais faziam para fraudar a cobrança de IPTU.

Os promotores já constataram que algumas empresas que aparecem na lista não pagaram corretamente o imposto.

A promotoria afirma que os fiscais envolvidos no esquema cobravam propina para informar que uma área construída inferior à área real do imóvel, o que fazia com que o proprietário do imóvel pagasse menos IPTU.

"A diferença gerava um determinado valor. Esse valor a empresa paga no que seria a primeira parcela paga os fiscais diretamente", contou o promotor Marcelo Mendroni.

Na quinta-feira (30), o Tribunal de Justiça de São Paulo autorizou a quebra do sigilo bancário e fiscal de Luis Alexandre, da ex- mulher e de quatro empresas ligadas ao casal. O acesso a essas informações deverá auxiliar as investigações.

Assista ao vídeo no Portal G1


Fonte: Portal G1

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