Corte rejeitou, no início de janeiro, um recurso do deputado e
determinou o início da execução da pena de prisão pelos crimes de
corrupção passiva e peculato
Parlamentar condenado ainda pode renunciar ao mandato e evitar que o processo legislativo seja iniciado
DA REDAÇÃO
A reunião que decidiria o destino político do ex-presidente da Câmara
João Paulo Cunha foi cancelada nesta terça-feira (21) pelo presidente da
Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-AL). De acordo com o
secretário-geral da Mesa, Mozart Vianna, isso ocorreu por que a
comunicação oficial da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre a
condenação do parlamentar, não foi entregue ao Parlamento. A reunião da
Mesa Diretora da Casa para analisar a situação de Cunha estava marcada
para o próximo dia 4.
A Corte rejeitou, no início de janeiro, um recurso do deputado no
processo do mensalão e determinou o início da execução da pena de prisão
pelos crimes de corrupção passiva e peculato, de acordo com o resultado
do julgamento da Ação Penal 470, o processo do mensalão.
Com a decisão do STF, a perda do mandato do condenado deveria ser
automática, mas a Câmara optou por abrir processo de cassação, com
prazos para acusação e defesa.
O parlamentar condenado ainda pode renunciar ao mandato e evitar que o
processo legislativo seja iniciado. A renúncia terá que ser comunicada à
Mesa Diretora e publicada no Diário da Câmara no dia seguinte.
Agência Brasil
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