A cozinheira Eva de Souza, de 43 anos, que mora em Dourados, aguarda o
translado do corpo da filha para o Brasil. Patrícia Souza Leal, de 28,
foi encontrada morta na quarta-feira (15), dentro de casa, em Madri, na
Espanha. Segundo a mãe, Patrícia foi para a capital espanhola há oito
anos. “Ela foi para trabalhar, foi juntar dinheiro para abrir um negócio
aqui. Não acredito no que aconteceu com a minha filha”, lamentou.
Eva disse que falou com a filha pela última vez, por telefone, na noite
do réveillon. Ao receber a notícia da morte, teve um mal-estar e foi
levada para o Hospital da Vida. Ela já recebeu alta e se recupera em
casa.
A família foi avisada sobre a morte por um amigo da jovem, que é
brasileiro e mora na Espanha. “Ele me ligou ontem, umas 7h da noite, e
disse que achou a Patrícia morta dentro da banheira da casa onde ela
morava”, contou a tia, Sandra de Souza Pereira Reis, de 34, que reside
em Campo Grande.
Patrícia trabalhava como empregada doméstica em uma casa em Madri.
Segundo a tia, o amigo foi até o local após os patrões da jovem ligarem
para ele e perguntarem sobre o sumiço dela. “Ele disse que a minha
sobrinha não foi trabalhar, que não atendia o telefone e que os patrões
estavam preocupados."
No mesmo dia, a família recebeu um comunicado do Consulado-Geral do
Brasil em Madri sobre a morte de Patrícia. O documento diz que o corpo
da jovem foi levado para o “Instituto Anatómico Forense de Madrid".
A assessoria de imprensa do Itamaraty informou que as autoridades
espanholas vão investigar o caso, e que o Consulado-Geral do Brasil em
Madri vai acompanhar.
Suspeita
A família suspeita que Patrícia tenha sido morta pelo namorado, com
quem estava há pouco tempo.Sandra relatou que uma amiga, que mora em
Madri e que está em Dourados visitando os pais, falou com a jovem. "Ela
falou com a Patrícia na terça, por mensagem de celular. Disse também que
parou de falar com a Patrícia quando o namorado dela chegou", contou.
O Consulado-Geral do Brasil em Madri ressaltou que, de acordo com a
legislação brasileira, as “despesas de sepultamento, cremação,
embalsamento e eventual transporte de restos mortais para o Brasil não
podem ser custeadas pela União”.
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