Notícias sobre as fraudes na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) vieram a tona e são veiculadas diariamente. Para indignação da sociedade, problemas e fraudes no poder público acontecem quase que em todas as localidades. No município de Tailândia, as irregularidades também são muitas. Na última quinta-feira (26), o Ministério Público Estadual protocolou uma ação civil pública de quase 100 páginas denunciado fraudes na Câmara de Vereadores do município.
Segundo o Ministério Público, foi pedido o afastamento de oito dos nove vereadores que integram a Câmara Municipal e, nesta quinta-feira (2), a juíza Aldineia Maria Martins Barros, da comarca de Tailândia, determinou o afastamento de oito vereadores do município. 'Mesmo sendo ré no processo, a única que não pedimos o afastamento foi da vereadora Maria Júlia Ferreira Selestrino, atual presidente da Câmara, pois entendemos que ela possa colaborar conosco no decorrer do processo', afirmou o promotor do MP no município, que pediu que o nome não fosse citado na reportagem.
Já os outros oito vereadores que completam o quadro da Câmara de Tailândia foram afastados, são eles: Francisco Raulino Zimmermann (foragido), Rochael de Jesus Sobrinho, Adalto Felip Rodrigues, João Antônio Furtado, Antônio Lucival Peixoto de Oliveira, Antônio Vicente da Silva, Francisco Claudino Mendes e José Dário Oliveira Souza.
Mandado de citação da juiza da Comarca de Tailândia
Outro esquema denunciado no município está relacionado à compra de alimentos e combustíveis. Segundo a denúncia do MP, cada vereador possuía uma cota de R$ 2 mil para comprar em um supermercado, que inclusive já havia falido há 5 anos, e para gasto com combustível. A denúncia aponta que tanto os alimentos, quanto o combustível eram distribuídos para a população em troca de votos. Cerca de R$ 800 mil foram gastos com combustível no período de 2007 a 2010, sendo que a Câmara de Tailândia só conta com um veículo.
Pagamentos - A folha de pagamento dos vereadores também era organizada por Zimermann. De acordo com o Ministério Público, ele próprio sacava, em espécie, os valores referentes aos vencimentos dos vereadores e assessores da Câmara.
O uso de funcionários fantasmas também era recorrente. Várias pessoas eram contratadas como assessores de políticos, com salário de R$ 2.300, sendo que os 'laranjas' recebiam apenas R$ 300 e os outros R$ 2 mil ficariam para o vereador para qual o assessor trabalhava. De 2007 a 2010, R$ 421 mil foram gastos com diárias que não existiram. Viagens eram solicitadas para vereadores que nem chegavam a sair do município. O então presidente da Câmara solicitava pagamento das diárias e ficava com todo o dinheiro.
Outro lado - O Portal ORM tenta contato com todos os parlamentares da Câmara Municipal de Tailândia.
Redação Portal ORM
Nenhum comentário:
Postar um comentário