Para comemorar os 50 anos do Parque Indígena do Xingu, a Cinemateca, em São Paulo, vai realizar a partir de sexta-feira, 1º, uma mostra de filmes sobre o local. Fundado em 1961, o parque demarcado pelos irmãos Villas-Bôas é uma referência da diversidade cultural e ambiental de uma região de transição entre o Cerrado e a Amazônia.
O evento Xingu 50 Anos, uma realização do Instituto Socioambiental (ISA) em parceria com a Cinemateca Brasileira e com a Unifesp, vai ter desde registros pioneiros feitos pelos imigrantes Adrian Cowell e Jesco Von Puttkamer até ficções como o longa Kuarup, dirigido por Ruy Guerra em 1989.
Ao todo, a mostra vai exibir 31 filmes, entre longas, médias e curtas-metragens, divididos em programas específicos, de acordo com as regiões e os povos do Xingu que retratam (Alto Xingu, Baixo Xingu, Ikpeng e Panará), com os temas que abordam (Desafios de sustentabilidade).
Será exibido também o material de Cowel e Von Puttkamer, cineastas que filmaram a Amazônia por mais de quatro décadas. O acervo dos dois está sob a guarda do Instituto Goiano de Pré-história e Antropologia da PUC de Goiás.
A programação inclui ainda Olhares cruzados Parque Indígena do Xingu 50 anos, filme que estreia na mostra e revela um balanço sobre as questões ligadas à preservação do parque.
Além da mostra de filmes, o evento inclui ainda uma exposição fotográfica sobre o Xingu com a curadoria de Carlos Fausto e Beto Ricardo, em cartaz até o dia 31 de julho, e a realização de três mesas de debate, com a presença de lideranças indígenas, antropólogos, indigenistas e outros profissionais ligados à questão indígena e ao Parque Indígena do Xingu.
Veja a programação completa no site da Cinemateca.