sexta-feira, 22 de abril de 2016

Estande de vendas desaba e deixa um morto e 5 feridos na Vila Olímpia

Estande de vendas desaba e deixa um morto e 5 feridos na Vila Olímpia

Bombeiros resgataram vítimas nos escombros durante 3 horas de buscas.
Prédio será construído; unidades custam de R$ 7 milhões a R$ 10 milhões.

Fábio TitoDo G1 São Paulo

O estande de vendas da obra de um prédio ainda a ser construído desabou na Vila Olímpia,  Zona Sul de São Paulo, por volta das 9h desta sexta-feira (22), segundo o Corpo de Bombeiros. Uma pessoa morreu e cinco ficaram feridas. Ainda não se sabem as causas do acidente.
Acidente ocorreu em estande de venda na Vila Olímpia (Foto: Editoria de Arte/G1)
VEJA FOTOS DO DESABAMENTO
Segundo o capitão Carlos Duvernay, dos Bombeiros, e Milton Roberto Persoli, coordenador da Defesa Civil, as cinco vítimas tiveram ferimentos leves. Todos eram operários e foram levados ao Prontos-Socorros da Lapa e Vergueiro.
O operário Antonio Soares Nascimento, nascido em 1977, morreu no desabamento, segundo a Defesa Civil.
As buscas pelas vítimas duraram 3 horas e foram encerradas às 12h. A Globonews mostrou o resgate de três vítimas que estavam sob os escombros (veja vídeo de um dos resgates abaixo).
Ainda de acordo com o capitão Duvernay, a obra tinha paredes de gesso e estrutura metálica leve, o que indica ser uma "obra provisória". Ao menos 15 viaturas dos Bombeiros foram para o local, na rua Michel Milan.
O empreendimento de alto luxo terá unidades de 275 a 592 m², com valor médio de R$ 6,9 milhões a R$ 10 milhões. A Cyrela, responsável pela obra, disse que o estande de vendas foi desativado na última quarta-feira e que as obras do prédio não começaram. O estande contava com a reprodução de uma unidade mobiliada.
Um estande de vendas da obra de um prédio em construção é visto após desabar na Vila Olímpia, na zona sul de São Paulo (Foto: Fábio Tito/G1)Estande de vendas de um prédio a ser construído é visto após desabar na Vila Olímpia, na Zona Sul de São Paulo (Foto: Fábio Tito/G1)
Detalhe da estrutura do estande de vendas da obra de um prédio em construção que desabou na Vila Olímpia, na zona sul de São Paulo (Foto: Fábio Tito/G1)Detalhe da estrutura do estande de vendas de um prédio a ser construído que desabou na Vila Olímpia, Zona Sul de São Paulo (Foto: Fábio Tito/G1)
A Defesa Civil ainda não sabe informar as causas do acidente e diz que, a príncipio, a obra era regular. "Não temos ideia do que provocou este colapso nesta estrutura, estamos aguardando os responsáveis da empresa que estava executando a reforma. O estande estava passando por uma reforma, então estamos esperando os encarregados, os engenheiros com as autorizações e os alvarás do projeto para que a gente possa ter uma ideia de uma possível causa", disse Persoli.
A Subprefeitura Pinheiros informou que "aguarda esclarecimentos sobre a regularidade da implantação do estande de vendas por parte do responsável técnico da obra".
"Os agentes da Defesa Civil Municipal aguardam a realização da perícia pela Polícia Científica para iniciar os procedimentos de vistoria e se necessário, interditar o local. Sobre a construção do empreendimento residencial, há alvará de execução de obra nova, emitido em outubro de 2015, que permite a construção da edificação", diz nota.
Apartamentos que serão construídos no local onde desabou estande de vendas na Vila Olímpia (Foto: Reprodução Cyrela)Apartamentos que serão construídos no local onde
desabou estande de vendas na Vila Olímpia
(Foto: Reprodução Cyrela)
Uma vizinha da obra se assustou com o barulho. “Eu estava na cozinha, ouvi um barulhão, parecia um caminhão cheio de tralha, até achei que tinha sido um acidente [de trânsito]. Fui olhar para ver o que era e começou barulho de viatura”, conta a jornalista Suelen Rodrigues, de 33 anos, uma moradora de um prédio vizinho ao local do desabamento.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil de São Paulo, Antônio de Sousa Ramalho, disse que esse tipo de acidente “não pode ocorrer”.
“A responsabilidade é da Cyrela, mesmo se contratou outra empresa para a obra. Não pode simplesmente contratar e não fiscalizar. Nós já acionamos o Ministério do Trabalho, na segunda-feira vem um auditor visitar o local e nós vamos acompanhar”, disse. “Recebi a denúncia de trabalhadores de que os funcionários da obra não tinham carteira assinada, eram informais. Vamos investigar se é isso mesmo, essa prática é comum nesse tipo de obra.”
A Cyrela informou, por meio de nota, que o estande estava desativado e que presta solidariedade às vítimas.
"A Cyrela e a ICR Construção Racionais lamentam profundamente o ocorrido na data de hoje, esclarecendo que o estande de vendas estava desativado desde a última quarta-feira. As empresas informam que estão prestando toda assistência às vítimas e suas famílias,  bem como estão auxiliando as autoridades na investigação dos fatos", diz a nota. 

Estande de vendas desaba e deixa feridos na Vila Olímpia (Foto: Reprodução TV Globo)Estande de vendas desaba e deixa feridos na Vila Olímpia (Foto: Reprodução TV Globo)
Bombeiros trabalham para resgatar vítimas nos escombros do desabamento (Foto: Reprodução TV Globo)Bombeiros trabalham para resgatar vítimas nos escombros do desabamento (Foto: Reprodução TV Globo)
Um estande de vendas da obra de um prédio em construção é visto após desabar na Vila Olímpia, na zona sul de São Paulo (Foto: Fábio Tito/G1)Um estande de vendas da obra de um prédio a ser construído no local é visto após desabar na Vila Olímpia, na Zona Sul de São Paulo (Foto: Fábio Tito/G1)
Um estande de vendas da obra de um prédio em construção é visto após desabar na Vila Olímpia, na zona sul de São Paulo (Foto: Fábio Tito/G1)Um estande de vendas da obra de um prédio em construção é visto após desabar na Vila Olímpia, na zona sul de São Paulo (Foto: Fábio Tito/G1)
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Detalhe da estrutura do estande de vendas da obra de um prédio em construção que desabou na Vila Olímpia, na zona sul de São Paulo (Foto: Fábio Tito/G1)Detalhe da estrutura do estande de vendas da obra de um prédio em construção que desabou na Vila Olímpia, na zona sul de São Paulo (Foto: Fábio Tito/G1)
 

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