O Estado de S.Paulo
Os sites da Presidência da República, Receita Federal e Portal Brasil, que congrega todas as informações governamentais, foram vítima ontem do maior ataque de hackers já sofrido, em volume de acessos, este ano. Os três portais ficaram fora do ar durante a madrugada, enquanto o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) bloqueava as tentativas de invasão. No começo da noite, tinham sido derrubados de novo.
De acordo com o presidente do Serpro, Gilberto Paganatto, a ação foi uma tentativa de congestionamento dos sites feita por robôs, que conseguiram 2 bilhões de tentativas de acesso em menos de uma hora. Ele explica que os robôs capturam endereços de provedores do exterior e os clonam para mandar os ataques de fora do Brasil para inibir ação da Polícia Federal.
"O ataque começou pela Itália e depois começou a ser feito de dentro do Brasil. São gerados acessos simultâneos fora do normal. Os nossos sistemas detectam qualquer ação além do normal e bloqueiam os acessos", explicou o presidente em entrevista à rádio Estadão ESPN.
Paganatto garante que não houve quebra de segurança nem acesso a nenhum tipo de dado sigiloso. "O objetivo do hacker é tentar congestionar e deixar inacessível e também tentar entrar no site e pichar. Mas o Serpro tem sistemas avançados de proteção e impede a entrada nos sites e os pichamentos. O sistema detecta e emite um alerta para o pessoal de segurança", explicou.
Pelo Twitter, um grupo de hackers LulzSecBrazil (Rindo da Segurança Brasil) reivindicou a autoria dos ataques. Também declarou ser autor de outro ataque ao site da Petrobrás, na tarde de ontem, com críticas à política de preços dos combustíveis.
O site da Petrobrás ficou fora do ar por cerca de 30 minutos na tarde de ontem. A Petrobrás, porém, por meio de sua assessoria de imprensa, negou o ataque e informou que houve apenas uma instabilidade no sistema por causa de uma sobrecarga no servidor.
Em sua página no Twitter, o grupo de hackers publicou mensagens criticando os altos preços dos combustíveis no Brasil: "Acorda Brasil! Não queremos mais comprar combustível a R$ 2,75, a R$ 2,98 e exportar a menos da metade do preço! Acorda Dilma!".
Nenhum comentário:
Postar um comentário