quarta-feira, 8 de junho de 2011

Caçando fantasmas na ALEPA



Os promotores de justiça Arnaldo Célio da Costa Azevedo, Nelson Pereira Medrado, Milton Luís Lobo de Menezes e Gilberto Valente Martins, todos atuantes na apuração do desvio de recursos milionários da Assembleia Legislativa do Pará, enviaram ontem nota à redação negando haver "qualquer interesse político visando ‘amarrar’ as investigações, com a participação do ex-procurador-geral de justiça, Geraldo Rocha, ou de qualquer outra autoridade do Ministério Público do Estado".
A resposta se refere à matéria do último domingo em O LIBERAL, intitulada "Grupo de promotores pede o afastamento de procuradores suspeitos", que relata o envio do pedido de providências ao procurador-chefe do Ministério Público Federal no Pará, Ubiratan Cazetta, à Procuradoria Geral da República e ao Conselho Nacional do MP por conta da nomeação ilegal da promotora de justiça Lorena Barbosa, filha de um dos principais aliados políticos do ex-presidente da Alepa, Domingos Juvenil (PMDB). A nomeação foi feita pelo ex-procurador-geral do MPE, Geraldo Rocha, no final de 2010, desrespeitando decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
Os promotores que elaboraram o pedido de providências não foram identificados pela reportagem e nem pelo MPF. Eles pedem, no documento, que "as autoridades anulem os atos fraudulentos, punam os infratores, inclusive com o afastamento do durante as investigações e, ao final, punam os mesmos com a perda de cargo".
Após a operação surpresa de busca e apreensão de provas das fraudes na Assembleia e em residências de envolvidos, no último dia 19 de abril, Rocha, que estava de férias, voltou ao MPE e assumiu a coordenação do Grupo de Prevenção e Repressão ao Crime Organizado e ás Organizações Criminosas (Gproc) e do Centro de Apoio Operacional Criminal, onde parte das investigações do caso Alepa está concentrada.
Na nota, os promotores do caso Alepa afirmam que "desde que o Dr. Geraldo Rocha assumiu a coordenação do Geproc, vem dando irrestrito apoio as investigações". Afirmam ainda que a notícia "carece de qualquer credibilidade" porque os autores são "anônimos" e que o conteúdo do "suposto" documento enviado à PGR "é inverídico".
A promotora de justiça Lorena de Moura Barbosa enviou nota à redação para "esclarecer, em respeito à sociedade, a verdade dos fatos e, principalmente, a credibilidade com relação ao meu trabalho enquanto promotora de justiça, bem como a moralidade da Instituição Ministério Público do Estado".

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