Cresceu nos últimos anos o número de cargas de cocaína apreendidas na Europa após passar pelo Brasil, segundo relatório divulgado na quarta-feira (22) pela Unodc, a agência da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre drogas e crime. O Brasil é o terceiro país na rota de tráfrico da droga para a Europa.
Entre 2005 e 2009, período analisado pela agência, o número de apreensões de cocaína que chegaram à Europa após passar pelo Brasil aumentou cerca de dez vezes, 25 para 260, mas a quantidade variou bem menos, de 339 kg para 1.500 kg.
Apesar desse aumento na participação brasileira, a Venezuela, com cerca 6.500 kg, e Equador, com aproximadamente 2.500 kg, foram os principais canais da cocaína traficada para a Europa dois anos atrás.
O Brasil surge em terceiro, ocupando o lugar que em anos anteriores já foi do México, do Panamá e da República Dominicana.
O volume de cocaína que passou por solo brasileiro foi menor porque, de acordo com a agência, os casos envolvem pequenos traficantes, os 'mulas', que geralmente transportam a droga escondida em bagagens ou mesmo no próprio corpo.
Já o esquema de tráfico da Venezuela envolve o transporte em grandes quantidades, através de portos.
Essa situação, porém, pode estar mudando, alerta a agência da ONU.
Um exemplo foi a operação que apreendeu 3.800 kg de cocaína escondida em contêiner no porto de Paranaguá (PR), em fevereiro de 2009. A carga seria levado para a Romênia, país do leste europeu com importantes quadrilhas de tráfico internacional de drogas ilícitas.
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