Mulher leva soco de policial em protesto na USP; assista ao vídeo
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Manifestante recebeu socos, foi jogada no chão e pisoteada durante ato que fez parte do Dia Nacional da Paralisação
Uma
manifestação de estudantes e funcionários da Universidade de São Paulo
(USP) terminou em confronto com a Polícia Militar nesta sexta-feira
(29). Uma pessoa foi presa e houve feridos. Entre eles, estavam duas
mulheres – uma delas recebeu socos no rosto, foi jogada no chão e
pisoteada.
O ato, coordenado pelo Sindicato dos
Trabalhadores da USP (Sintusp), vinculado à Central Sindical
CPS-Conlutas, fez parte do Dia Nacional de Paralisação, protestos
organizados pelas centrais sindicais contra o ajuste fiscal e projeto de
lei que trata da regulamentação dos trabalhadores terceirizados no
país.
Veja o vídeo:
Depois
de uma concentração, no cruzamento da rua Alvarenga com a Afrânio
Peixoto, na zona sudoeste, os manifestantes tentaram bloquear o acesso à
Rodovia Raposo Tavares, no sentido interior-capital. Houve intervenção
da Polícia Militar, que, segundo o Sintusp, usou bombas de efeito moral,
balas de borracha e gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes.
O estudante de Ciências Sociais, Carlos Alberto dos
Santos, de 27 anos, ferido na cabeça, foi detido e até por volta das 13h
ainda prestava depoimento no 34º Distrito Policial (DP). O diretor do
Sintusp, Magno de Carvalho, informou que pelo menos dez pessoas ficaram
feridas. Esse número não foi confirmado pelo 34º DP, que registrou
apenas um ferido.
Por meio de nota, o Sintusp argumentou que a
“manifestação ocorria pacificamente, quando a força policial reprimiu o
ato”. O comunicado revela que, entre os feridos, estavam duas mulheres e
que uma delas recebeu socos no rosto, foi jogada no chão e pisoteada.Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP-SP), informou que o secretário Alexandre de Moraes determinou o afastamento de um dos policiais flagrado atirando da viatura. “O procedimento em questão foi totalmente irregular”, diz o comunicado, acrescentando que a conduta dos policiais será objeto de apuração.
Por meio da nota, a secretaria alegou que a PM está atuando nas várias manifestações para reduzir o impacto dos atos na rotina das pessoas e que, em especial, neste episódio foram usados “os meios necessários que o cruzamento não fosse fechado pelos manifestantes”.
Os atos das centrais sindicais ocorrem em protesto contra a regulamentação do Projeto de Lei 4.330/2004, que estabelece novos critérios para as atividades de terceirização no país.
Veja fotos e relembre a greve de professores estaduais no Paraná:
Professores protestam contra violência policial em Curitiba (5.5.20150. Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
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