Deputado Bolsonaro (PP-RJ), crítico de movimentos sociais, pleiteia vaga
A bancada do PT na Câmara
dos Deputados decidiu em reunião nesta terça-feira (11) adiar a
definição sobre quais comissões o partido pretende presidir neste ano
na Casa. Como maior bancada, o PT tem prioridade na escolha da
presidência de comissões, mas deixou a decisão para a próxima semana.
Com isso, permanece indefinido o nome de quem comandará a Comissão de Direitos Humanos (CDH), cuja presidência é reivindicada pelo deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), conhecido pelo apoio ao regime militar, declarações contra homossexuais e enfrentamento a movimentos sociais.
Mesmo sem o PT escolher as três comissões que tem direito de presidir, o líder do partido, deputado Vicentinho (SP), afirmou que evitará “constrangimento” na CDH, presidida no ano passado pelo deputado Marco Feliciano (PSC-SP), que defendeu projetos como o da chamada "cura gay".
“Não tomamos a decisão porque estamos procedendo da melhor forma: ouvir todos os pensamentos e assegurar o melhor debate entre nós [...]. O que posso assegurar é que nunca mais a Comissão de Direitos Humanos, se depender de nós, vai passar pelo constrangimento que passou no ano passado. Tem que dialogar, tem que debater”, disse o deputado Vicentinho.
A deputada Érika Kokay (PT-DF), coordenadora da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos, disse que o partido tem conhecimento dos riscos que a CDH corre.
“Você tem candidaturas que não são blefes, são reais, inclusive de uma pessoa defensora da própria ditadura militar, e o PT tem o poder e tem o dever de impedir que isso aconteça”, afirmou.
De acordo com deputados que participaram da reunião, o PT vai dialogar com o PP para tentar dissuadir o partido de ficar com a Comissão de Direitos Humanos ou, ao menos, escolher outro nome para presidir o colegiado, que não seja o do deputado Bolsonaro.
Pela ordem de proporcionalidade, o PT escolhe a primeira comissão que pretende comandar. Em seguida, é a vez do PMDB (segunda maior bancada) e, depois, do PT, novamente. Antes da decisão sobre a terceira comissão do PT, o PP de Bolsonaro tem o direito de fazer sua opção.
A maioria da bancada petista não quer abrir mão de comissões importantes, como as de Saúde, Agricultura e Seguridade Social e Família. Mas a sigla também não quer ser responsabilizada pela ascensão de uma figura polêmica ao comando do colegiado que representa minorias. Por isso, para ganhar tempo e ampliar as negociações com o PP, os petistas decidiram adiar a definição da presidência das comissões para a próxima semana.
Vicentinho informou que uma comissão no próprio PT aprofundará a discussão sobre o tema. O grupo se reúne na tarde desta terça, mas o líder quer que a definição só seja dada na próxima semana.
“Vamos, inclusive, ao colégio de líderes para adiar esta decisão para a semana que vem, até que dê tempo. Porque não somos somente nós [do PT] que estamos com problema para afinar a viola. Outros partidos também estão com problema”, disse o líder.
Após almoçar com a bancada do PTB no Senado, a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, afirmou que o Congresso deve ter “preocupação” com a presidência da Comissão de Direitos Humanos. Ideli não quis, porém, opinar sobre se o PT deve ou não assumir o comando do colegiado.
“Acho que esta é uma preocupação que o Congresso deve ter. É uma comissão que tem um trabalho muito claro de defesa das minorias, combate à discriminação. Acho que o último período não fez jus à história do colegiado”, afirmou a ministra em referência à gestão de Marco Feliciano à frente da comissão.
Bolsonaro
O deputado Jair Bolsonaro afirmou que o PP já se comprometeu em indicá-lo para a Comissão de Direitos Humanos, se o colegiado não for escolhido pelo PT.
"O PT quer manter as suas boas comissões e ao mesmo tempo controlar a de Direitos Humanos. Pelo menos conseguimos desgastar o PT. O líder do PP, Eduardo da Fonte, garantiu que eu seria o indicado. Temos que ter Comissão de Direitos Humanos para defender humanos direitos. Não bandidos", afirmou.
Ministra
Após almoçar com a bancada do PTB no Senado, a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, afirmou que o Congresso deve ter “preocupação” com a presidência da Comissão de Direitos Humanos. Ideli não quis, porém, opinar sobre se o PT deve ou não assumir o comando do colegiado.
“Acho que esta é uma preocupação que o Congresso deve ter. É uma comissão que tem um trabalho muito claro de defesa das minorias, combate à discriminação. Acho que o último período não fez jus à história do colegiado”, afirmou a ministra em referência à gestão de Marco Feliciano à frente da comissão.
Com isso, permanece indefinido o nome de quem comandará a Comissão de Direitos Humanos (CDH), cuja presidência é reivindicada pelo deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), conhecido pelo apoio ao regime militar, declarações contra homossexuais e enfrentamento a movimentos sociais.
Mesmo sem o PT escolher as três comissões que tem direito de presidir, o líder do partido, deputado Vicentinho (SP), afirmou que evitará “constrangimento” na CDH, presidida no ano passado pelo deputado Marco Feliciano (PSC-SP), que defendeu projetos como o da chamada "cura gay".
“Não tomamos a decisão porque estamos procedendo da melhor forma: ouvir todos os pensamentos e assegurar o melhor debate entre nós [...]. O que posso assegurar é que nunca mais a Comissão de Direitos Humanos, se depender de nós, vai passar pelo constrangimento que passou no ano passado. Tem que dialogar, tem que debater”, disse o deputado Vicentinho.
A deputada Érika Kokay (PT-DF), coordenadora da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos, disse que o partido tem conhecimento dos riscos que a CDH corre.
“Você tem candidaturas que não são blefes, são reais, inclusive de uma pessoa defensora da própria ditadura militar, e o PT tem o poder e tem o dever de impedir que isso aconteça”, afirmou.
De acordo com deputados que participaram da reunião, o PT vai dialogar com o PP para tentar dissuadir o partido de ficar com a Comissão de Direitos Humanos ou, ao menos, escolher outro nome para presidir o colegiado, que não seja o do deputado Bolsonaro.
Pela ordem de proporcionalidade, o PT escolhe a primeira comissão que pretende comandar. Em seguida, é a vez do PMDB (segunda maior bancada) e, depois, do PT, novamente. Antes da decisão sobre a terceira comissão do PT, o PP de Bolsonaro tem o direito de fazer sua opção.
A maioria da bancada petista não quer abrir mão de comissões importantes, como as de Saúde, Agricultura e Seguridade Social e Família. Mas a sigla também não quer ser responsabilizada pela ascensão de uma figura polêmica ao comando do colegiado que representa minorias. Por isso, para ganhar tempo e ampliar as negociações com o PP, os petistas decidiram adiar a definição da presidência das comissões para a próxima semana.
Vicentinho informou que uma comissão no próprio PT aprofundará a discussão sobre o tema. O grupo se reúne na tarde desta terça, mas o líder quer que a definição só seja dada na próxima semana.
“Vamos, inclusive, ao colégio de líderes para adiar esta decisão para a semana que vem, até que dê tempo. Porque não somos somente nós [do PT] que estamos com problema para afinar a viola. Outros partidos também estão com problema”, disse o líder.
Após almoçar com a bancada do PTB no Senado, a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, afirmou que o Congresso deve ter “preocupação” com a presidência da Comissão de Direitos Humanos. Ideli não quis, porém, opinar sobre se o PT deve ou não assumir o comando do colegiado.
“Acho que esta é uma preocupação que o Congresso deve ter. É uma comissão que tem um trabalho muito claro de defesa das minorias, combate à discriminação. Acho que o último período não fez jus à história do colegiado”, afirmou a ministra em referência à gestão de Marco Feliciano à frente da comissão.
Bolsonaro
O deputado Jair Bolsonaro afirmou que o PP já se comprometeu em indicá-lo para a Comissão de Direitos Humanos, se o colegiado não for escolhido pelo PT.
"O PT quer manter as suas boas comissões e ao mesmo tempo controlar a de Direitos Humanos. Pelo menos conseguimos desgastar o PT. O líder do PP, Eduardo da Fonte, garantiu que eu seria o indicado. Temos que ter Comissão de Direitos Humanos para defender humanos direitos. Não bandidos", afirmou.
Ministra
Após almoçar com a bancada do PTB no Senado, a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, afirmou que o Congresso deve ter “preocupação” com a presidência da Comissão de Direitos Humanos. Ideli não quis, porém, opinar sobre se o PT deve ou não assumir o comando do colegiado.
“Acho que esta é uma preocupação que o Congresso deve ter. É uma comissão que tem um trabalho muito claro de defesa das minorias, combate à discriminação. Acho que o último período não fez jus à história do colegiado”, afirmou a ministra em referência à gestão de Marco Feliciano à frente da comissão.
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