Congresso poderá agravar punição de crimes contra imprensa, diz Renan
Presidente do Senado lamentou a morte do cinegrafista Santiago Andrade. Segundo parlamentar, Legislativo vai fazer sua parte para agravar punições
Foto: Ailton de Freitas/ Arquivo O Globo
Para o presidente do Senado, é preciso “punir exemplarmente”
atentados contra a imprensa para que casos como o de Santiago Andrade
não voltem a acontecer
O presidente do Senado, Renan Calheiros(PMDB-AL),
afirmou nesta segunda-feira (10) que, diante da morte do cinegrafista
da TV Bandeirantes Santiago Idílio Andrade, o Congresso Nacional poderá
aprovar projetos que agravam a punição para crimes cometidos contra
profissionais da imprensa.
O parlamentar alagoano lamentou a morte do profissional da TV Bandeirantes, que teve morte cerebral constatada nesta segunda-feira.
Ele foi atingido na cabeça por um rojão na quinta-feira (6), quando
registrava o confronto entre manifestantes e policiais durante protesto
contra o aumento da passagem de ônibus, no Centro do Rio.
“O Congresso Nacional vai fazer a sua
parte no sentido de agravar qualquer punição que possa ser dada para que
esse tipo de coisa não possa existir”, disse Renan ao comentar sobre as
condições de trabalho da imprensa durante manifestações públicas.
Para o presidente do Senado, é preciso
“punir exemplarmente” atentados contra a imprensa para que casos como o
de Santiago Andrade não voltem a acontecer. “Quando você pune levemente,
você passa a ideia para a sociedade de que o crime compensa. E o crime
não pode jamais compensar”, afirmou.
Propostas
De acordo com assessoria da Presidência do Senado, Renan ainda não identificou um projeto específico sobre o tema que possa ser discutido e votado pela Casa. O senador deverá determinar à Secretaria-Geral um estudo sobre o andamento de propostas que aumentem a pena para crimes contra a imprensa e ainda para crimes cometidos durante manifestações.
De acordo com assessoria da Presidência do Senado, Renan ainda não identificou um projeto específico sobre o tema que possa ser discutido e votado pela Casa. O senador deverá determinar à Secretaria-Geral um estudo sobre o andamento de propostas que aumentem a pena para crimes contra a imprensa e ainda para crimes cometidos durante manifestações.
O presidente do Senado disse apoiar a
nota de repúdio elaborada nesta segunda pelo Conselho de Comunicação
Social do Congresso, presidida pelo arcebispo Dom Orani Tempesta. O
documento cobra do governo “medidas urgentes” para “garantir a
integridade física dos jornalistas, radialistas e demais comunicadores”.
O senador do PMDB também defendeu
punição aos responsáveis pela morte do cinegrafista. “É preciso dar um
basta. Essas manifestações não podem conviver permanentemente com a
violência e com a brutalidade”, afirmou. “Direito de expressão todos
podem ter e direito de opressão ninguém pode ter”, concluiu.
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