quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Policiais são responsáveis por mais de 75% das agressões a jornalistas, diz Abraji

O assunto chegou a ser discutido no último dia 28, durante uma manifestação contra agressões a jornalistas
Da Redação
A morte do cinegrafista Santiago Ilídio Andrade, da TV Band, que foi atingido por um rojão durante protestos no Rio de Janeiro, levantou um debate sobre agressão a jornalistas. Um levantamento realizado pela Associação Brasileia de Jornalismo Investigativo (Abraji), mostrou que 75,5% das agressões contra jornalistas em eventos como manifestações e protestos, no Brasil, são de responsabilidade de agentes da Força Nacional e policiais.
Na pesquisa, a Abraji contabilizou mais de cem casos de violência contra profissionais entre repórteres e cinegrafistas.
 Fotógrafo japonês da France Presse foi ferido por golpe de cassetete de policial durante protesto - Foto: UANDERSON FERNANDES / AFP
Foto: AFP
O assunto chegou a ser discutido no último dia 28, durante uma manifestação contra agressões a jornalistas, que reuniu profissionais da imprensa. O protesto foi realizado na praça Roosevelt, no centro da cidade de São Paulo.  
Na reunião, o levantamento apresentado comprovou que 77 dos casos de violência partiram da polícia, enquanto 25 foram praticados por manifestantes.
Guto Camargo, Presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, comentou o cenário. "Desde a ditadura não acontecem tantos atos contra jornalistas. A agressão pelo Estado não pode ser tolerada porque é obrigação dele proteger o trabalho do jornalista", disse.
Uma das vítimas de agressão, o Secretário da Associação dos Repórteres Fotográficos de São Paulo (Arfoc), Adriano Lima, disse que a identificação de profissionais e imprensa é falha e que falta um treinamento para jornalistas e policiais, para que situações de agressão sejam evitadas.

Clique aqui e confira o levantamento feito pela Abraji.

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