Atirador de Roma queria atingir políticos, diz promotor italiano
Autor do ataque foi detido pouco depois dos disparos
(Foto: AP Photo/Mauro Scrobogna, Lapresse)
O atirador que feriu dois policiais e uma mulher civil na manhã deste domingo (28) tinha como objetivo atingir políticos, segundo afirmou um promotor da justiça italiana.
"Sua intenção era acertar políticos", afirmou Pierfilippo Laviani à
Reuters, horas após o atentado. O homem, que foi preso logo após o
incidente, foi identificado como Luigi Preiti, um desempregado com
origem na região da Calábria, no sul do país.
Preiti disparou os tiros em frente ao Palácio Chigi, sede do governo
italiano. No momento em que ele realizou o ataque, o novo
primeiro-ministro Enrico Letta fazia seu juramento no Palácio do
Quirinal, a cerca de um quilômetro do local. O atentado aconteceu por
volta das 11h40, no horário local, 6h40 de Brasília.
"Não foi um ato de terrorismo, mas o clima dos últimos meses, com
certeza, não ajudou", afirmou Gianni Alemanno, prefeito de Roma. A
Itália passou dois meses sem um governo na prática, pois um impasse
político não permitia a formação de uma coalizão. A escolha de um
governo com membros dos três principais partidos, sob a liderança de
Letta, foi a solução encontrada.
Já o ministro do interior, Angelino Alfano, disse que "uma investigação
inicial sugere que esse possa ser um caso isolado", citado pela
Reuters.
Um dos policiais foi atingido no pescoço e está em estado grave. O
outro foi atingido na perna e não corre risco de vida, segundo jornais
italianos. A terceira ferida é uma mulher civil que passava pelo local e
foi atingida de raspão -- aparentemente sem gravidade, mas a mulher
está grávida.
Testemunhas disseram que ouviram cinco ou seis tiros e que o homem que
portava a arma estava vestido de terno e gravata. As cápsulas
encontradas eram de um calibre pequeno, segundo a polícia informou à
agência Reuters.
Ao jornal italiano "Corriere della Sera", Arcangelo Preiti, irmão do
atirador, disse que Luigi é trabalhador e que mora com os pais. "Não
consigo compreender. É a mente humana que, às vezes, entra em tilt",
afirmou.
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