Campanha tucana vai continuar a abordar tema do mensalão e já planeja investir na tese de que Fernando Haddad é 'despreparado' para administrar São Paulo
São Paulo -
A campanha do ex-governador José Serra (PSDB) já começou a desenhar uma
subida no tom das críticas ao adversário do PT, Fernando Haddad , neste
segundo turno da corrida pela prefeitura paulistana. A coordenação da
campanha tucana se reuniu na manhã desta segunda-feira em seu comitê
central, para começar a estruturar a linha de ação da nova etapa da
disputa.
Num primeiro momento, a ideia é exaltar Serra como um administrador
experiente e apontar Haddad como um “quadro despreparado”. “Vamos
mostrar que o Haddad não tem preparo para dirigir uma cidade como São
Paulo”, contou um participante da reunião, numa referência ao fato de o
ex-ministro da Educação nunca ter disputado uma eleição, nem comandado
uma máquina administrativa no Executivo.
O partido também voltará a investir na associação entre o PT e o escândalo do mensalão, tema que deve ganhar espaço nos discursos e declarações do tucano à imprensa. O assunto também pode voltar a aparecer na propaganda da campanha. Antes da votação no primeiro turno, a equipe de Serra já havia intensificado os ataques relacionados ao julgamento em curso no Supremo Tribunal Federal (STF), sempre com o cuidado de restringir as críticas mais duras a plataformas cuja associação com o candidato não é tão direta. Exemplos dessa estratégia são as inserções veiculadas pelo PSDB durante o primeiro turno, ou ainda a distribuição de panfletos pedindo ao eleitor que diga "não" ao mensalão.
O tom da campanha agora poderá ficar mais próximo do defendido pelo próprio Serra nas conversas com seus aliados mais próximos. Nas semanas que antecederam a eleição, o tucano cedeu à avaliação do marqueteiro Luiz González de que o melhor era dosar os ataques aos rivais. A interlocutores, no entanto, Serra tem dito que enxerga uma “guerra em curso”. No início da corrida eleitoral, por exemplo, o ex-governador chegou a afirmar, em uma reunião com aliados, que discordava da tese de que o tom deveria ser mais ameno. “O PT vai vir com tudo, eles vão fazer o que for necessário para acabar comigo. Querem me destruir a qualquer custo”, disse Serra, segundo o relato de um interlocutor.
Ainda assim, o PSDB entende que foi acertada a ideia de deixar para o PT a tarefa de endurecer os ataques ao candidato do PRB, Celso Russomanno , eliminado da disputa nas urnas no último domingo. Outro ponto da estratégia que ajudou a garantir um bom desempenho nas urnas, afirmam tucanos, foi a campanha casada com vereadores. A coligação do PSDB conseguiu eleger 21 vereadores na Câmara Municipal, sendo que cinco deles encabeçaram a lista dos mais votados.
Diante do resultado, aliados de Serra admitem que um segundo turno com Russomanno seria bem melhor para Serra, já que o candidato do PRB encabeçava uma campanha bem menos "estruturada". Tucanos dizem enxergar ao menos um ponto .
Temas como mensalão continuarão sendo abordados na campanha; plano é mostrar Serra como 'administrador experiente' | Foto: Reprodução Internet
O partido também voltará a investir na associação entre o PT e o escândalo do mensalão, tema que deve ganhar espaço nos discursos e declarações do tucano à imprensa. O assunto também pode voltar a aparecer na propaganda da campanha. Antes da votação no primeiro turno, a equipe de Serra já havia intensificado os ataques relacionados ao julgamento em curso no Supremo Tribunal Federal (STF), sempre com o cuidado de restringir as críticas mais duras a plataformas cuja associação com o candidato não é tão direta. Exemplos dessa estratégia são as inserções veiculadas pelo PSDB durante o primeiro turno, ou ainda a distribuição de panfletos pedindo ao eleitor que diga "não" ao mensalão.
O tom da campanha agora poderá ficar mais próximo do defendido pelo próprio Serra nas conversas com seus aliados mais próximos. Nas semanas que antecederam a eleição, o tucano cedeu à avaliação do marqueteiro Luiz González de que o melhor era dosar os ataques aos rivais. A interlocutores, no entanto, Serra tem dito que enxerga uma “guerra em curso”. No início da corrida eleitoral, por exemplo, o ex-governador chegou a afirmar, em uma reunião com aliados, que discordava da tese de que o tom deveria ser mais ameno. “O PT vai vir com tudo, eles vão fazer o que for necessário para acabar comigo. Querem me destruir a qualquer custo”, disse Serra, segundo o relato de um interlocutor.
Ainda assim, o PSDB entende que foi acertada a ideia de deixar para o PT a tarefa de endurecer os ataques ao candidato do PRB, Celso Russomanno , eliminado da disputa nas urnas no último domingo. Outro ponto da estratégia que ajudou a garantir um bom desempenho nas urnas, afirmam tucanos, foi a campanha casada com vereadores. A coligação do PSDB conseguiu eleger 21 vereadores na Câmara Municipal, sendo que cinco deles encabeçaram a lista dos mais votados.
Diante do resultado, aliados de Serra admitem que um segundo turno com Russomanno seria bem melhor para Serra, já que o candidato do PRB encabeçava uma campanha bem menos "estruturada". Tucanos dizem enxergar ao menos um ponto .
As informações são de Clarissa Oliveira e Bruna Carvalho do iG
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