João Paulo Cunha
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O revisor do mensalão no STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Ricardo Lewandowski, votou nesta quinta-feira pela absolvição do deputado João Paulo Cunha (PT-SP), de Marcos Valério e seus ex-sócios, Cristiano Paz e Ramon Hollerbach, provocando a primeira divergência do processo.
Na semana passada, o relator,
ministro Joaquim Barbosa, votou pela condenação de Cunha por corrupção
passiva, peculato e lavagem de dinheiro. Já Valério, Paz e Hollerbach
foram considerados culpados pelos crimes de corrupção ativa e peculato.
Lewandowski os absolveu de todas as imputações. Outros nove ministros
precisam discutir o caso.
O deputado, único réu a
disputar a eleição deste ano - é candidato a prefeito de Osasco (SP) - é
acusado de favorecer empresa de Marcos Valério, apontado como operador
do mensalão, em contrato da Câmara dos Deputados durante sua gestão como
presidente da Casa, em 2003.
O Ministério Público
afirma que Cunha recebeu R$ 50 mil em troca da contratação da empresa de
Valério. Na época, a empresa recebeu R$ 10 milhões pelo contrato de
publicidade com a Câmara.
Ao votar pela absolvição de Cunha, Lewandowski afirmou que deputado não teve participação direta na contratação da empresa.
Sobre
a acusação de que Cunha recebeu R$ 50 mil de Valério, sacados por sua
mulher numa agência do Banco Rural, Lewandowski acolheu a tese da defesa
de que o dinheiro foi autorizado pelo PT para pagar pesquisas
eleitorais.
"A verdade processual, que é que surge
dos autos, é que João Paulo Cunha recebeu numerário para custear
pesquisas eleitorais de interesse de seu partido. Diante dessas provas
robustas produzidas, não restou comprovada a prática de nenhum ato de
João Paulo Cunha para dar tratamento privilegiado à SMP&B", disse.
-- Folha Online
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