sábado, 25 de agosto de 2012

Revisor absolve João Paulo e provoca primeira divergência do mensalão

 


João Paulo Cunha
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João Paulo Cunha, Brasil, mensalão, julgamento, absolviçãoO revisor do mensalão no STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Ricardo Lewandowski, votou nesta quinta-feira pela absolvição do deputado João Paulo Cunha (PT-SP), de Marcos Valério e seus ex-sócios, Cristiano Paz e Ramon Hollerbach, provocando a primeira divergência do processo.

Na semana passada, o relator, ministro Joaquim Barbosa, votou pela condenação de Cunha por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro. Já Valério, Paz e Hollerbach foram considerados culpados pelos crimes de corrupção ativa e peculato. Lewandowski os absolveu de todas as imputações. Outros nove ministros precisam discutir o caso.
O deputado, único réu a disputar a eleição deste ano - é candidato a prefeito de Osasco (SP) - é acusado de favorecer empresa de Marcos Valério, apontado como operador do mensalão, em contrato da Câmara dos Deputados durante sua gestão como presidente da Casa, em 2003.
O Ministério Público afirma que Cunha recebeu R$ 50 mil em troca da contratação da empresa de Valério. Na época, a empresa recebeu R$ 10 milhões pelo contrato de publicidade com a Câmara.
Ao votar pela absolvição de Cunha, Lewandowski afirmou que deputado não teve participação direta na contratação da empresa.
Sobre a acusação de que Cunha recebeu R$ 50 mil de Valério, sacados por sua mulher numa agência do Banco Rural, Lewandowski acolheu a tese da defesa de que o dinheiro foi autorizado pelo PT para pagar pesquisas eleitorais.
"A verdade processual, que é que surge dos autos, é que João Paulo Cunha recebeu numerário para custear pesquisas eleitorais de interesse de seu partido. Diante dessas provas robustas produzidas, não restou comprovada a prática de nenhum ato de João Paulo Cunha para dar tratamento privilegiado à SMP&B", disse.
-- Folha Online

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