quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Egito confirma 74 mortos e 248 feridos após briga entre torcidas

Polícia egípcia diz ter detido mais de 40 envolvidos nas confusões
Foto: Reuters
Polícia egípcia diz ter detido mais de 40 envolvidos nas confusões. Foto: Reuters
O governo do Egito confirmou que 74 pessoas morreram, entre elas um policial, e outras 248 ficaram feridas nos distúrbios após um jogo de futebol do Campeonato Egípcio no estádio de Port Said (nordeste do país). Torcedores do Al-Masri invadiram o campo depois da vitória por 3 a 1 sobre o Al-Ahly, causando uma enorme confusão dentro do gramado.
Em comunicado, o Ministério do Interior local, Mohammed Ibrahim, explicou que, até o momento, 47 pessoas foram detidas pelos enfrentamentos entre os torcedores das equipes. O incidente forçou a paralisação do campeonato.
Já à televisão pública, o ministro disse que a polícia ainda está realizando prisões devido ao incidente, que começou após torcedores do Al-Masry invadiram o campo depois da vitória da equipe local e agrediram jogadores do time visitante.
Segundo testemunhas, o elenco do Al-Ahly deixou a cidade de Por Said em direção ao Cairo em helicópteros do exército, que foram enviados pela Junta Militar que governa o país. O time temia sofrer novos ataques caso viajasse em ônibus.
Ibrahim afirmou que havia 13 mil espectadores no estádio e 20 brigadas da tropa antichoque da polícia estavam encarregadas de manter a segurança. "Apesar dos preparativos policiais antes da partida, houve uma escalada da violência quase proposital por uma parte do público. Os serviços de segurança agiram com sabedoria diante disso para levar o jogo adiante", disse o comunicado do Ministério do Interior.
O governo critica a "insistência proposital de alguns grupos de hooligans em cometer agressões injustificadas e criar um estado de caos" com a invasão final do campo.
O ministério finalizou o comunicado informando que já tinha advertido várias vezes sobre a propagação da violência nos estádios de futebol do Egito. Em declarações à televisão egípcia, Ibrahim afirmou ter se reunido com os presidentes dos principais clubes, com a Federação do Futebol Egípcio e com as torcidas organizadas para conter os torcedores radicais.
O Partido Liberdade e Justiça (PLJ), braço político da Irmandade Muçulmana, que controla quase metade do Parlamento egípcio, acusou os partidários do antigo regime de Hosni Mubarak pela tragédia desta quarta.
EFE

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