O analista
técnico do Ministério das Cidades Higor Guerra confirmou, pela primeira
vez, a pressão que sofreu para adulterar o processo que trata da
implantação de sistema de transporte público em Cuiabá para a Copa do
Mundo de 2014. Ele disse, em entrevista exclusiva ao jornal O Estado de
S. Paulo, que a operação fraudulenta começou após o Ministério Público
de Mato Grosso pedir os documentos e a Controladoria-Geral da União
(CGU) emitir parecer contrário à obra. "Sim, houve uma fraude", disse
ele na conversa gravada.O
funcionário também entregou à reportagem o depoimento que prestou na
sexta-feira ao Ministério Público Federal. Ele deu detalhes da operação -
revelada pelo jornal na quinta-feira - que escondeu sua nota técnica de
8 de agosto, contrária ao projeto de R$ 1,2 bilhão para o Veículo Leve
sobre Trilhos (VLT), que substituiu o BRT (linha rápida de ônibus). O
projeto do BRT custava R$ 489 milhões. A fraude teria sido feita para
cumprir o acordo político do governo federal com o governo de Mato
Grosso, Sinval Barbosa (PMDB), a favor do VLT.
Segundo Higor Guerra, no dia 29 de junho, numa reunião com integrantes do governo de Mato Grosso, os técnicos estaduais "reconheceram que não tinham conhecimento técnico sobre o projeto de VLT, e que a decisão de sua implantação havia sido política". A gerente de projetos do ministério, Cristina Soja, no entanto, disse a ele que "a posição do órgão (ministério) tinha que estar em sintonia com a decisão do governo". Higor afirmou que o cronograma do VLT era "falho", "pois previa várias fases sendo realizadas ao mesmo tempo de forma incorreta".
O analista entregou ao Ministério Público Federal 200 páginas e nove anexos sobre o caso. Ele disse acreditar que a fraude ocorreu no dia 26 de outubro, quando descobriu uma "alteração" na "pasta de rede" em que são guardados esses documentos, incluindo sua nota técnica. No dia seguinte, o Ministério das Cidades providenciou o envio dos papéis para o Ministério Público de Mato Grosso, com a nota técnica fraudada, agora a favor do VLT.
Segundo Higor Guerra, no dia 29 de junho, numa reunião com integrantes do governo de Mato Grosso, os técnicos estaduais "reconheceram que não tinham conhecimento técnico sobre o projeto de VLT, e que a decisão de sua implantação havia sido política". A gerente de projetos do ministério, Cristina Soja, no entanto, disse a ele que "a posição do órgão (ministério) tinha que estar em sintonia com a decisão do governo". Higor afirmou que o cronograma do VLT era "falho", "pois previa várias fases sendo realizadas ao mesmo tempo de forma incorreta".
O analista entregou ao Ministério Público Federal 200 páginas e nove anexos sobre o caso. Ele disse acreditar que a fraude ocorreu no dia 26 de outubro, quando descobriu uma "alteração" na "pasta de rede" em que são guardados esses documentos, incluindo sua nota técnica. No dia seguinte, o Ministério das Cidades providenciou o envio dos papéis para o Ministério Público de Mato Grosso, com a nota técnica fraudada, agora a favor do VLT.
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