Protestos continuam no centro do Cairo um dia após manifestantes rejeitarem promessas do governo de acelerar transição
Foto: AFP
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Manifestantes entram em choque com a polícia em rua perto da praça Tahrir e do Ministério do Interior, no Cairo (23/11)
De acordo com grupos de defesa dos direitos humanos, os confrontos deixaram 38 mortos desde sábado – o Ministério da Saúde, porém, registra nove vítimas a menos.
Os protestos continuam na Praça Tahrir um dia após ativistas rejeitarem uma promessa feita pela junta militar de antecipar o processo de transição para um governo civil, antecipando das eleições presidenciais.
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Na tentativa de pôr fim às manifestações, a junta militar também afirmou que formará um "governo nacional de salvação" em substituição ao gabinete que pediu sua renúncia na segunda-feira.
Em um discurso na TV, o chefe do Conselho Supremo das Forças Armadas, Field Marshal Hussein Tantawi, disse que os militares estão preparados para realizar um referendo sobre a transferência imediata de poder se a população fizer essa reivindicação.
Ele também afirmou que as eleições presidenciais serão realizadas antes do fim de junho para transferir o poder totalmente para autoridades civis, mas não mencionou especificamente uma data para a transição. Antes, a junta militar havia marcado as eleições presidenciais para o fim de 2012 ou o início de 2013.
As promessas não foram consideradas suficientes pelos milhares de manifestantes reunidos na Praça Tahrir e em outras cidades do país, que pedem a saída imediata de Tantawi, que passaria o poder para um conselho civil que governaria o Egito até as eleições.
Nesta quarta-feira, os principais confrontos acontecem em frente ao prédio do Ministério do Interior, próximo à Praça Tahrir. Policiais e soldados do Exército usaram bombas de gás e balas de borracha para impedir que os manifestantes invadam o edifício, ainda bastante associado ao ex-presidente Hosni Mubarak, deposto em fevereiro.
Os manifestantes afirmaram não ter a intenção de invadir o Ministério. O objetivo dos confrontos no local seria impedir que as forças de seguranças agissem diretamente na praça.
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