sábado, 26 de novembro de 2011

Farc matam quatro reféns militares na Colômbia


 
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BOGOTÁ (Reuters) - O grupo de guerrilha colombiano Farc assassinou neste sábado quatro militares que estavam sendo mantidos como reféns há vários anos, no ataque mais duro do grupo rebelde desde a morte do seu líder supremo, Alfonso Cano.
O ministro da Defesa da Colômbia, Juan Carlos Pinzón, disse que os militares foram encontrados mortos na selva, no Departamento de Caquetá, depois de confrontos entre as forças de segurança e integrantes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
"Quatro militares sequestrados foram encontrados mortos com tiros de misericórdia... três deles tinham marcas de tiros na cabeça e um tinha marcas de disparos nas costas", disse Pinzón durante uma entrevista coletiva.
O ministro revelou que há 45 dias equipes militares realizavam uma operação na selva depois de receberem informações sobre a presença do grupo guerrilheiro e de alguns reféns naquela área.
O ministro da Defesa não divulgou as identidades dos quatro militares mortos pela guerrilha, mas, de acordo com fontes de segurança, entre eles estaria o sargento Libio José Martinez, o refém mais antigo em poder das Farc, sequestrado em dezembro de 1997.
O grupo guerrilheiro sofreu o pior golpe da sua história no inicio de novembro, com a morte de Cano, que foi morto durante um confronto com o Exército colombiano em uma área montanhosa em Cauca, no sul do país.
As Farc, consideradas uma organização terrorista pelos EUA e pela União Europeia, chegaram a ter mais de 60 reféns, entre políticos e membros das Forças Armadas.
No momento, pelo menos 11 membros da Forças Armadas seguem sequestrados em poder da guerrilha.
Entre os reféns que as Farc mantiveram durante muitos anos estava a ex-candidata à presidência Ingrid Betancourt e três norte-americanos, que os guerrilheiros tentaram trocar por centenas de membros do grupo que estão presos.
A maioria dos reféns, incluindo Betancourt, os norte-americanos e outros políticos de destaque, foram resgatados pelo Exército ou fugiram, enquanto as Farc libertaram unilateralmente alguns deles como um sinal de paz.
(Reportagem de Nelson Bocanegra e Luis Jaime Acosta)

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