A estudante Jussara Silva (nome fictício), 17, tinha acabado de sair da sala de aula, quando três bandidos invadiram e abordaram os professores e os colegas na Escola Estadual Eneida de Moraes, no conjunto Júlia Seffer, em Ananindeua. A única coisa que vinha em mente era a chacina de “Realengo”, no Rio de Janeiro, ocorrida alguns meses atrás.
“Eu tinha acabado de sair quando eu vi o desespero dos meus colegas, uns conseguiram fugir da sala, mas a maioria ficou. Os três (assaltantes) estavam armados, entraram em várias salas e só diziam que queriam os celulares e quem gritasse eles iam matar”, descreveu, sobre o momento de sufoco pelo qual os colegas passaram.
A ordem dos assaltantes era que todos colocassem os telefones celulares em cima da carteira, enquanto isso, um deles ia guardando os aparelhos. “Eles saíram com uma sacola cheia”, completou a testemunha, que disse que a ação deles pareceu uma eternidade.
LEMBRANÇA
A aluna disse que a sensação que teve é que estava ocorrendo o mesmo que aconteceu com os alunos do Realengo, no Rio de Janeiro, quando um ex-estudante invadiu a escola e matou várias crianças que estavam em sala de aula. “Eu só pensava nisso, eu tinha a impressão que eles iam fazer a mesma coisa”, disse ela.
A equipe do DIÁRIO tentou falar com a diretora da escola, mas ela não se encontrava. Segundo uma pessoa que trabalha na portaria, mas pediu para não ter o nome divulgado, os bandidos entraram pelos fundos do estabelecimento de ensino.
“Eles não entraram pelo portão principal, eles pularam o muro e invadiram, mas eles não vieram pra parte da frente, só ficaram nas salas do ensino médio”, disse a funcionária.
O caso foi registrado na delegacia do conjunto Júlia Seffer. Policiais fizeram buscas para prender os ladrões, mas até o fechamento dessa edição eles não haviam sido encontrados.
SEDUC
Após várias tentativas, a partir das 18h15 de ontem, a reportagem conseguiu contato com a assessoria de comunicação da Secretaria de Estado de Educação, que ficou de mandar uma nota a respeito do assunto. Contudo, até o fechamento dessa edição, o material não chegou. (Diário do Pará)
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