quinta-feira, 31 de março de 2016

Queda no custo da energia elétrica puxa leve queda da inflação em março

Queda no custo da energia elétrica puxa leve queda da inflação em março

Por Estadão Conteúdo

IPC desacelerou 1,19% no mês, impulsionada pela diminuição dos preços dos principais itens do grupo Habitação, diz FGV

Estadão Conteúdo
A principal contribuição para a desaceleração registrada no Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de março apurado para a composição do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) veio do grupo Habitação. Na margem, o IPC desacelerou de 1,19% para 0 58%. No mesmo período, Habitação saiu de uma alta de 0,83% para uma deflação de 0,06%, puxado pelo comportamento do item tarifa de eletricidade residencial, que aprofundou a deflação de 0,58% para 3,18%. Em março, a cor do sistema de bandeiras na tarifa de energia migrou para o amarelo, após se manter em vermelho desde o início de 2015.
Melhora significativa nos níveis dos reservatórios possibilitou quedas nas tarifas energéticas
Reprodução
Melhora significativa nos níveis dos reservatórios possibilitou quedas nas tarifas energéticas
Segundo a FGV, também foi registrado decréscimo nas taxas de variação de outras três classes de despesas. A taxa de variação do grupo Transportes passou de 1,73% para 0,54%, sob influência de tarifa de ônibus urbano (de 3,95% para -0,29%); Educação, Leitura e Recreação desacelerou de 2,06% para -0,01%, com destaque para cursos formais (de 3,26% para 0,05%); e o grupo Alimentação recuou de 1,42% para 1,12%, puxado por hortaliças e legumes (de 5,29% para -1,56%).
Por outro lado, quatro classes de despesas apresentaram acréscimo nas taxas de variação. O grupo Comunicação avançou de 0,71% para 1,13%, sob influência de tarifa de telefone móvel (de 0,44% para 2,30%); Despesas Diversas passou de 1,32% para 1,90%, com destaque para cigarros (de 2,25% para 4,08%); o grupo Vestuário acelerou a alta de 0,22% para 0,33%, influenciado pelo item roupas (de -0,04% para 0,50%); e a taxa de variação do grupo Saúde e Cuidados Pessoais subiu de 0,69% para 0,73%, com destaque para artigos de higiene e cuidado pessoal (de 0,73% para 0,83%).
As maiores influências de baixa para o IPC na passagem de fevereiro para março foram tarifa de eletricidade residencial (de -0,58% para -3,18%), tomate (de -1,63% para -15,18%), passagem aérea (de 2,23% para -11,32%), tarifa de ônibus urbano (de 3,95% para -0,29%) e condomínio residencial (de 0,65% para -0,39%.
Já a lista de maiores pressões de alta é composta por cigarros (de 2,25% para 4,08%), mamão papaya (de 0,45% para 36,41%), refeições em bares e restaurantes (de 0,57% para 0,65%), plano e seguro de saúde (de 1,03% para 1,05%) e cenoura (de 26,14% para 27,44%).
Construção
O Índice Nacional de Custo da Construção - Mercado (INCC-M) ficou em 0,79% em março, mostrando aceleração ante a alta de 0 52% registrada em fevereiro, divulgou a Fundação Getulio Vargas (FGV). O INCC-M acumula altas de 1,65% no ano e de 7,30% em 12 meses.
De acordo com a FGV, os itens que mais contribuíram para a aceleração do Índice Nacional de Custo da Construção - Mercado (INCC-M) na passagem de fevereiro para março foram ajudante especializado (de 0,48% para 1,02%), servente (de 0,94% para 1 13%), pedreiro (de 0,56% para 1,42%), carpinteiro (de 0,37% para 1,45%) e eletricista (de 0,26% para 1,31%).
Por outro lado, entre as maiores influências isoladas de baixa estão tubos e conexões de ferro e aço (de 0,49% para -0,71%), projetos (de -0,12% para -0,32%), aluguel de máquinas e equipamentos (de -0,33% para -0,17%), vergalhões e arames de aço ao carbono (de -1,30% para -0,07%) e argamassa (de 0,23% para -0 06%).
Bens Intermediários
Na passagem de fevereiro para março, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), apurado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) desacelerou de alta de 1,45% para 0,44%, com forte contribuição do grupo de Bens Intermediários, que saiu de alta de 1,16 para deflação de 0,93%.
O principal responsável pelo movimento foi o subgrupo materiais e componentes para a manufatura (de 1,96% para -1,40%). Já o índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, teve queda de 0,77% em março, contra alta de 1,43%, em fevereiro.
O índice referente a Matérias-Primas Brutas também contribuiu para o alívio do IPA na margem. A taxa de variação do grupo passou de 1,83% em fevereiro para 0,82% em março. No estágio inicial da produção, os principais responsáveis pela desaceleração foram milho em grão (de 17,79% para 3,94%), soja em grão (de -1,45% para -6,73%) e mandioca (de 8,47% para -3 37%).
Na direção oposta, os destaques de alta de preços foram minério de ferro (de -2,51% para 5,23%), aves (de -4,20% para 4,34%) e laranja (de -2,08% para 11,89%).
Já o ritmo de alta dos preços de Bens Finais subiu na margem, de 1,43% para 1,52%. Influenciou no resultado o comportamento do subgrupo alimentos in natura (de 2,48% para 10,08%). O índice de Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis, desacelerou de 1,29 para 0,40% na passagem de fevereiro para março.
Principais influências
De acordo com a FGV, na lista de maiores influências de baixa no IPA de março estão soja em grão (de -1,45% para -6,73%), farelo de soja (de 1,16% para -16,25%), óleo combustível (de -0,11% para -7,01%), carne bovina (apesar do abrandamento da deflação de -1,87% para -1,63%) e mandioca (de 8,47% para -3,37%).
Em sentido contrário, na lista de maiores influências de alta os destaques são minério de ferro (de -2,51% para 5,23%), mamão (de -10,18% para 83,97%), milho em grão (mesmo com a forte desaceleração de 17,79% para 3,94%), leite in natura (de 1,58% para 4,69%) e ovos (mesmo com a alta de preços recuando de 8,88% para 8,51%).

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