quarta-feira, 15 de julho de 2015

Prefeito bombardeador: Equipe técnica vai investigar causas do acidente aéreo em Tumiritinga, MG

Equipe técnica vai investigar causas do acidente aéreo em Tumiritinga, MG

Acidente matou prefeito de Central de Minas, Genil da Mata, e funcionário.
FAB diz que aeronave era experimental; Anac verifica habilitação do prefeito.

Do G1 Vales de Minas Gerais
Uma equipe dos Serviços Regionais de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA) do Rio de Janeiro (RJ) deve chegar ao Leste de Minas, na tarde desta quarta-feira (15), para identificar as causas da queda de uma aeronave que matou duas pessoas em Tumiritinga (MG) - entre elas o prefeito de Central de Minas, Genil da Mata Cruz.
Genil pilotava a aeronave e estava acompanhado de um funcionário, identificado como Douglas Silva. O acidente ocorreu nesta terça-feira (14), em uma ocupação do Movimento Sem-Terra, na fazenda que pertencia ao prefeito.
Os corpos das vítimas permanecem no Instituto Médico Legal de Governador Valadares (MG) e devem ser liberados até o início da tarde. Eles serão velados no Ginásio Poliesportivo no Centro de Central de Minas. A prefeitura da cidade decretou luto oficial de sete dias.
Segundo o tenente coronel da Polícia Militar, Célio Menezes, os moradores do assentamento afirmaram que a aeronave estava jogando coquetel molotov nas barracas do local.

Em nota, a direção estadual do MST em Minas Gerais, informou que essa não seria a primeira vez que os assentados foram alvos de ataques.No último dia 10, as famílias foram surpreendidas com cerca de 12 pistoleiros, dois veículos e dois tratores. "Os pistoleiros efetuaram vários disparos de balas e foguetes sobre as famílias acampadas. Os tratores foram blindados, preparados para guerra", diz a nota.
O advogado da família do prefeito, Siranides Eliotério Gomes, informou que não tinha conhecimento dos ataques. Ele afirmou que estava preparando a ação de reintegração de posse nesta terça, e teria pedido que o prefeito fizesse o sobrevoo para fotografar a área invadida. As imagens seriam anexadas a petição inicial.
 A Força Aérea Brasileira informou que a aeronave era experimental, ou seja, fabricada por um construtor amador.  Apesar de estar enquadrada nesta categoria, cabe a autoridade aeronáutica regulamentar a construção, operação e emissão de certificado para autorização de voo.
Em nota, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) disse que os veículos experimentais são apenas registrados pelo órgão e a aeronave estava regular. A Anac ainda não informou se o piloto tinha habilitação.
De acordo com uma pessoa próxima ao prefeito, que não quis se identificar, o chefe do executivo tinha o hábito de pilotar, e a aeronave foi comprada recentemente.

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