sábado, 4 de janeiro de 2014

Líder da Al Qaeda no Líbano morre na prisão

Líder da Al Qaeda no Líbano morre na prisão

Majid al Majid estava na lista dos terroristas mais procurados da Arábia Saudita
BBC Brasil
Al Qaeda foi responsável por um atentado contra a embaixada do Irã em Beirute 19.11.2013/STR/AFP
O líder da Al Qaeda no Líbano, Majid al Majid, morreu neste sábado (4), segundo informações do Exército libanês.
Al Majid estava preso e teria morrido de falência renal em um hospital militar.
O saudita, que liderava desde 2012 as Brigadas Abdullah Azzam, ligadas à Al Qaeda, estava na lista dos terroristas mais procurados da Arábia Saudita e havia sido detido no Líbano recentemente.
O grupo esteve por trás de ataques em várias partes do Oriente Médio, entre os quais um atentado a bomba contra a embaixada iraniana em novembro, em Beirute, que matou 23 pessoas.
Segundo um comunicado do Exército, o comandante da Al Qaeda teria entrado em coma em decorrência do problema nos rins.
Linha dura
O ministro da Defesa libanês, Fayez Ghosn, havia confirmado a prisão de Al Majid e informado que ele estaria sendo interrogado em um local secreto. Ele se recusou a dizer quando e aonde a prisão ocorreu.
No entanto, uma fonte ligada às forças de segurança do Líbano disse à agência Reuters que Al Majid teria sido capturado com outro militante saudita e que estaria vivendo na cidade de Sidon, no sul do país.
Com base no Líbano e na Península Arábica, as Brigadas Abdullah Azzam levam o nome de um palestino jihadista que recrutou mujahideen para a luta contra os soviéticos no Afeganistão nos anos 80.
O grupo atraía militantes islâmicos linha dura que ainda lutaram no Iraque e teria se estabelecido no campo de refugiados palestinos de Ein el-Hilweh, perto de Sidon.
O ataque de novembro contra a embaixada do Irã teria sido o primeiro grande ataque das brigadas.
O Irã e o grupo militante libanês Hezbollah são aliados ao presidente sírio, Bashar al Assad.
E segundo relatos da imprensa local, Majid al-Majid estaria ligado ao líder da frente al-Nusra Front, uma afiliada da al Qaeda que busca derrubar Assad do poder.
A Síria está mergulhada em uma guerra civil desde 2011.
Após o ataque à embaixada do Irã, um clérigo salafista próximo às brigadas disse que outros atentados seriam realizados no Líbano até que o Hezbollah pare de lutar junto ao governo sírio.
Na quinta-feira, a explosão de um carro-bomba em Beirute matou cinco pessoas, entre elas a brasileira Malak Zahwe, de 17 anos. A jovem, nascida em de Foz do Iguaçu, morava no Líbano com o pai e a madrasta, que também morreu no ataque, há três anos.

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