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O promotor responsável pelo caso da morte da ex-premiê paquistanesa Benazir Bhutto, em 2007, foi assassinado nesta sexta-feira na capital Islamabad. Atiradores em motocicletas abriram fogo contra o carro de Chaudhry Zulfiqar nas primeiras horas da manhã, matando o promotor e uma mulher que passava pelo local. O guarda-costas de Zulfigar ficou ferido.
Primeira mulher a ocupar a chefia de governo no Paquistão, Bhutto
ocupou o cargo de primeira-ministra entre 1988 e 1990 e entre 1993 e
1996. A política foi morta em um atentado em dezembro de 2007, apenas
dois meses depois de retornar de um autoexílio de oito anos iniciado
quando os militares, liderados pelo ex-presidente Pervez Musharraf,
tomaram o poder em um golpe em 1999.
A emboscada contra o promotor Zulfigar, que era membro da Agência
Federal da Investigação do país, aconteceu quando ele estava a caminho
de um tribunal para uma audiência sobre a morte de Benazir Bhutto.
Musharraf - Um dos denunciados na investigação federal movida pelo
promotor é o ex-presidente Pervez Musharraf. Em prisão domiciliar há
duas semanas, por violar a Constituição quando esteve no poder, o antigo
mandatário enfrenta a acusação de ter negado a Bhutto a proteção
adequada e ignorar deliberadamente as ameaças contra ela. O
ex-presidente também foi contestado sobre a negligência dos policiais
que limparam a cena do crime nas horas posteriores ao atentado.
As autoridades paquistanesas culparam o Talibã pelo ataque, mas um
inquérito das Nações Unidas concluiu que a morte de Bhutto poderia ter
sido evitada e que a segurança que o governo forneceu para a ex-premiê
foi “fatalmente insuficiente”.
Além desse caso, o promotor Zulfigar era o encarregado de
investigar a organização dos atentados que mataram 166 pessoas na cidade
indiana de Mumbai em novembro de 2008 e teriam sido perpetrados por um
grupo extremista sediado no Paquistão.
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