segunda-feira, 27 de maio de 2013

Justiça condena dono da Delta e ex-prefeito por desvio de verba

Fernando Cavendish e Hugo Canellas, do município de Iguaba Grande, tiveram pena de quatro anos e seis meses de prisão

 
 
 
DO IG
A Justiça Federal do Rio de Janeiro condenou a quatro anos e seis meses de prisão por desvio de verba Fernando Cavendish, dono da Delta Construções; Hugo Canellas Rodrigues Filho, ex-prefeito de Iguaba Grande; e Mário Erly Aguiar Souza, secretário de Fazenda do município. Eles ainda podem recorrer da condenação.
Segundo denúncia do Ministério Publico Federal em São Pedro da Aldeia (RJ), Cavendish e Canellas teriam desviado recursos do governo federal destinados às obras de despoluição da Lagoa de Araruama, na Região dos Lagos. Os valores contratados, segundo o MPF, teriam sido superfaturados: a Delta teria recebido R$ 191 mil do município pelos serviços de mobilização e desmobilização de equipamentos, enquanto o valor de mercado seria de apenas R$ 14 mil.
No ano passado, Cavendish e a Delta foram alvo da CPI do Cachoeira, que investigou esquema de corrupção envolvendo o bicheiro. O dono da construtora negou ligação com o contraventor e ficou calado durante depoimento na comissão. Em junho de 2012, o ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage, declarou a construtora Delta inidônea, o que impediu a empresa de firmar contratos com a administração pública federal.
No caso de Iguaba Grande, a Justiça também condenou Alípio Villa Nova do Nascimento, diretor do Departamento de Meio Ambiente do município, e Márcia Betânia da Silva, então chefe da Divisão de Obras Públicas. Os dois tiveram pena de 1 ano e 11 meses de reclusão por atestarem em documento de prestação de contas que 75% do projeto já havia sido executado pela Delta, quando de fato apenas 14% havia sido realizado. As penas de ambos foram substituídas pelo juiz em prestação de serviço à comunidade e na limitação de fim de semana.
A sentença determina ainda que os réus condenados paguem juntos R$ 248 mil para reparação dos danos causados. Até a publicação da reportagem, o iG não conseguiu contato com os advogados dos réus.

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