Apesar de denúncias de corrupção, surpreende desenvoltura de deputados pró interesses privados
A votação da Medida Provisória que regula a concessão de Portos Públicos e Privados na Câmara está deixando todo o país perplexo com a desenvoltura de alguns deputados que estão defendendo claramente, diante da opinião pública, interesses de grupos privados em detrimento de mudanças que beneficiariam a economia brasileira. Mesmo após as denúncias feitas em plenário pelo deputado Anthony Garotinho (PR-RJ), sobre a corrupção que pode estar ocorrendo e que justifica a criação de dificuldades para aprovação da medida, não houve nenhuma reação contundente a essa postura totalmente prejudicial ao país.O principal responsável pelas obstruções e entraves ao processo de votação, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), está trabalhando contra a medida desde sua chegada ao Congresso. Cunha, aliado com parte da oposição, nem parece fazer parte do PMDB que hoje é o maior aliado do Governo e não tem nenhum pudor em ficar no plenário abraçado com parlamentares da oposição, como Ronaldo Caiado (DEM-GO), que também vem trabalhando para obstruir a votação na Câmara e tenta fazer com que a proposta venha caducar nessa quinta-feira, prazo limite para votação da medida.
A postura de Eduardo Cunha fez com que a presidente Dilma pedisse ao vice, Michel Temer, que o retirasse da liderança do partido na Câmara e, segundo fontes do Palácio do Planalto, ela chegou ao limite de sua paciência com o parlamentar, afirmando para os líderes do PMDB que apoiam o Governo que Cunha está ameaçando a aliança do partido com o PT e fragilizando a base de apoio. De acordo com fontes do Governo, Eduardo Cunha faz parte do PMDB do Rio que não aceita o palanque duplo para Dilma em 2014 e está à frente das chantagens que vêm sendo feitas ao Governo para evitar que Lindbergh Farias seja candidato no Estado.
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