O número
de vítimas mortais no desmoronamento de um túnel de uma autoestrada
japonesa, ocorrido no domingo de manhã, subiu para nove, segundo a
comunicação social nipónica. Um anterior balanço, da responsabilidade da
Agência Nacional de Gestão de Incêndios e Catástrofes Naturais, dava
conta de seis mortos, incluindo cinco automobilistas que morreram
carbonizados no interior dos respetivos veículos, no túnel de Sasago.
De acordo com a agência Kyodo, as novas vítimas mortais
são três idosos, um homem e duas mulheres, que viajavam no mesmo
veículo. A polícia de Yamanashi, a oeste de Tóquio, não confirmou, até
ao momento, estes novos dados.
O desmoronamento ocorreu no domingo, às 8h locais
(23h de sábado, em Lisboa), numa parte do túnel de Sasago, a cerca de 80
quilómetros a oeste de Tóquio, segundo a agência Jiji e a televisão
pública nipónica NHK.
Túnel era dos mais longos
Cinco horas depois do desmoronamento, as operações de
socorro para resgatar os automobilistas presos no interior do túnel
foram interrompidas devido ao risco de novo colapso da estrutura, mas
acabaram por ser retomadas.
O túnel de Sasago atravessa uma extensão perto do Monte
Fuji e é um dos mais longos do Japão, com um total de 4,3 quilómetros
de comprimento, na movimentada autoestrada de Chuo, que liga Tóquio ao
oeste e ao centro do país.
Entretanto, o Ministério dos Transportes japonês
ordenou hoje a inspeção dos túneis nas autoestradas em todo o país,
construídos segundo o mesmo modelo do túnel que se desmoronou no
domingo. O Governo japonês promete um exame minucioso aos túneis e
refere a probabilidade de virem a ser necessários investimentos
significativos nesses túneis, parte dos quais construídos durante o
período de forte crescimento económico do país, entre 1950 e 1970.
"Supomos que a idade poderá ser uma das primeiras
causas possíveis", declarou um responsável da empresa Nexco, que gere o
local onde ocorreu o acidente.
Há 20 túneis no Japão idênticos ao que cedeu
Engenheiros começaram hoje a examinar outros túneis
construídos sob o mesmo modelo nas imediações. Segundo a agência
noticiosa francesa AFP, há cerca de vinte túneis idênticos no Japão.
As imagens captadas no interior do túnel afetado
indicam uma possível cedência ao nível da estrutura central. De acordo
com a Nexco, as inspeções, que têm lugar cinco vezes por ano, consistem
essencialmente num exame visual para detetar eventuais fissuras ou
outras anomalias. São também feitas verificações acústicas das partes em
betão e aço.
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