Ataque em cassino da região matou 52 pessoas e gerou comoção em no país
O exército mexicano iniciou neste sábado (27) o envio de 1.500 soldados a Monterrey para reforçar a segurança dessa cidade atingida pelo ataque de quinta-feira contra um cassino que deixou 52 mortos, informou o governo.Da capital mexicana partiram "300 efetivos militares a bordo de dois aviões da Força Aérea Mexicana com destino à cidade de Monterrey", informou a Secretária da Defesa em comunicado.
Os outros 1.200 oficiais serão mobilizados em um prazo máximo de 72 horas em Monterrey, terceira maior cidade do México, detalhou o órgão.
Foto: AFP
Manifestantes se reuniram em frente ao palácio do governo, na Cidade do México, para pedir medidas contra a violência no país
O governo mexicano já tinha aumentado em duas ocasiões seu dispositivo de segurança em Nuevo León e no vizinho Tamaulipas, ambos na fronteira com os Estados Unidos, diante do aumento da disputa entre o cartel do Golfo e seu antigo braço armado, Los Zetas.
A estratégia militar de Calderón, que tem cerca de 50.000 soldados nas ruas contra o crime organizado, foi considerada contraproducente pela oposição. Organizações civis nacionais e internacionais como Anistia Internacional ou Human Rights Watch denunciam que os soldados cometeram graves violações aos direitos humanos no contexto da luta antidrogas.
O ataque
Na quinta-feira (25), um ataque a um cassino deixou 52 mortos em Monterrey, no norte do México. Homens teriam invadido o cassino Royale exigido, aos gritos, que todos saíssem do local. Eles espalharam gasolina no estabelecimento e, em seguida, atearam fogo.
Granadas e revólveres foram usados, mas o governo afirmou que muitas vítimas sofreram intoxicação provocada pela fumaça, após terem ficado presas dentro dos banheiros e salas do cassino onde tentaram se esconder dos autores do ataque.
Nesta sexta-feira, cerca de 300 pessoas fizeram uma manifestação nesta sexta-feira (26) em frente à estátua do Ángel de la Independencia, na Cidade do México. Pelo megafone, manifestantes pediam que os mexicanos se organizassem e saíssem às ruas para demonstrar que estão fartos de tanta barbárie.
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