Em seu percurso pelo nordeste dos EUA, ela se enfraqueceu ainda mais. Os ventos máximos sustentados caíram para 85 km/h, e a previsão é que seguirá perdendo força até se transformar em um sistema pós-tropical neste domingo à noite, informou o Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC) em seu boletim das 18h (no horário de Brasília).
As autoridades calculam em pelo menos US$ 1 bilhão os prejuízos gerados pela ocorrência do fenômeno natural.
As companhias elétricas e as agências de emergência reportam dificuldade em manter a cobertura elétrica integral desde sábado e avisaram que a expectativa é que aumente o número de prejudicados conforme a tempestade avança.
O governador de Nova York, Andrew Cuomo, por exemplo, disse hoje que 905,3 mil consumidores do seu Estado estão sem eletricidade como resultado do acontecimento natural.
Durante a manhã deste domingo, a companhia de energia elétrica Con Edison afirmou que 21 mil pessoas estavam sem energia no Queens, 7,5 mil no Brooklyn e 6,7 mil no Bronx, além de 18,2 mil pessoas em Staten Island, enquanto quase 66 mil seguem sem luz no condado de Westchester e 166 mil no Estado vizinho de Nova Jersey. A companhia ainda não divulgou um balanço atualizado.
Chip Somodevilla/France Presse | ||
Irene foi rebaixado para tempestade tropical mas chegou a inundar ruas da região de Nova York neste domingo |
"Algumas cidades pequenas estão inteiramente cobertas de água. Temos notícias de que as pessoas estão sobre as escolas e os carros", disse Bosma. "Uma mulher foi levada pelas águas do rio. A água está em todos os lugares".
OBAMA
O presidente americano, Barack Obama, disse neste domingo que a emergência pela tempestade tropical Irene não acabou, e que os esforços de recuperação poderão levar vários dias ou semanas na costa leste.
O presidente, que tentou mostrar ao povo americano que estava a cargo das tarefas de emergência em meio às lembranças da má resposta do governo ao furacão Katrina de 2005, lembrou também as 18 pessoas mortas durante a tempestade.
"Quero que as pessoas entendam que não acabou. A resposta e os esforços de recuperação serão uma operação contínua", afirmou Obama em uma curta declaração no jardim da Casa Branca.
"Quero enfatizar que os impactos dessa tempestade serão sentidos por algum tempo. E o esforço de recuperação durará semanas ou mais. Pode haver falta de energia durante alguns dias em algumas regiões", declarou.
"Nossos pensamentos e orações estão com aqueles que perderam entes queridos. E com aqueles cujas vidas foram afetadas pela tempestade", completou Obama. "Saibam que os Estados Unidos estarão com vocês quando precisarem. Apesar de a tempestade ter se enfraquecido ao se deslocar para o norte, continua sendo uma tempestade perigosa que produz fortes chuvas", finalizou.
INSEGURANÇA
O governador de Nova Jersey, Chris Christie, alertou neste domingo sobre o risco de inundações após a passagem da tempestade tropical "Irene", que vai alcançar níveis recordes, e recomendou aos cidadãos não deixar suas casas.
"Não saiam de suas casas. Ainda não é seguro. Temos inundações em todo o Estado", afirmou Christie.
O governador de Nova Jersey informou que os danos no litoral "parecem ser menores do que o esperado", mas as autoridades temem que as inundações provocadas pelo transbordamento dos rios "superem os registros históricos".
"Vamos ter recordes de inundações", acrescentou e explicou que serão necessários vários dias para voltar à normalidade.
Em todo o Estado, mais de 650 mil pessoas ficaram sem luz, informou Christie.
A tempestade "Irene" tocou a terra em Nova Jersey na primeira hora da manhã como furacão, mas posteriormente o Centro Nacional de Furacões (NHC) rebaixou sua categoria para tempestade tropical.
Irene segue agora para Nova Inglaterra, onde os meteorologistas preveem mais chuvas, mas espera-se que a tempestade vá perdendo força progressivamente ao longo do dia.
O PIOR PASSOU
A secretária de Segurança Interna dos EUA, Janet Napolitano, disse em conferência de imprensa que "o pior já passou para a maior parte da costa leste", e que a tempestade prossegue agora para a região da Nova Inglaterra e o leste do Canadá, mas já muito enfraquecida.
O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, disse a repórteres que considera acertada a decisão de retirar mais de 370 mil moradores de suas casas e afirmou ter ido pessoalmente a abrigos congratular os nova-iorquinos que deixaram as áreas de risco.
Autoridades municipais disseram ainda que os aeroportos da cidade podem voltar a operar já na segunda-feira.
Com agências de notícias
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