Terremoto atinge o sul do Japão e derruba prédios
Tremor de 6.0 de magnitude deixou pessoas presas sob escombros.
Duas pessoas morreram e 45 ficaram feridas.
Funcionária
recolhe louça quebrada que caiu de prateleira em um restaurante após um
terremoto de 6,2 em Kumamoto, sul do Japão (Foto: Kyodo News/AP)
Um terremoto de 6.0 de magnitude atingiu o sul do Japão nesta quinta-feira (14), segundo Serviço Geológico dos Estados Unidos
(USGS). O epicentro foi a 11 km a leste da cidade de Kumamoto. Vários
prédios desmoronaram após o tremor que aconteceu às 21h26 no horário
local (9h26 de Brasília). Tremores foram registrados posteriormente, o
mais forte teve a magnitude de 6.4.Segundo a agência Associated Press, 2 pessoas morreram e 45 ficaram feridas. Os dois mortos moravam na cidade de Mashiki, com 34 mil habitantes, que foi a mais afetada, a cerca de 15 km de Kumamoto, na ilha Kyushu, segundo um funcionário da unidade de controle de desastres de Kumamoto, Takayuki Matsushita.
Uma das vítimas morreu logo depois de ser retirada dos escombros e a outra em um incêndio, segundo ele. Uma terceira pessoa resgatada de um edifício derrubado tinha problemas cardíacos e pulmonares.
O hospital da Cruz Vermelha de Kumamoto disse que recebeu ou atendeu 45 pessoas, cinco delas com lesões graves.
O principal porta-voz do governo do Japão, Yoshihide Suga, afirmou que prédios desmoronaram, mas não deu detalhes, segundo a Reuters. Não há alerta de tsunami (onda gigante com potencial destrutivo), assegurou o porta-voz. Também não houve impacto no funcionamento dos reatores nucleares na ilha de Kyushu ou nas proximidades de Shikoku, de acordo com a agência Reuters.
A polícia de Kumamoto diz que recebeu relatos de que várias pessoas que ficaram presas sob casas destruídas, de acordo com o site da TV japonesa NHK. O prefeito afirmou que há relatos de fogo em alguns pontos da cidade.
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A imprensa também informou que os trens de alta velocidade estavam paralisados por precaução, informou a France Presse.A mídia japonesa divulgou imagens de moradores, muitos enrolados em cobertores, aguardando em estacionamentos e outras áreas abertas por medo de mais desabamentos.
A Autoridade de Regulação Nuclear do Japão disse que não foram registradas irregularidades nas três usinas nucleares na ilha de Kyushu, no sul, e em Shikoku, no arredores.
Repórteres do escritório da NHK em Kumamoto disseram ter sentido um forte tremor por cerca de 30 segundos.
“Temos a intenção de fazer o máximo para compreender a situação", afirmou o primeiro-ministro, Shinzo Abe. O governo ainda está coletando informações sobre os eventuais estragos.
Inicialmente, o Serviço Geológico dos EUA disseram que o primeiro tremor tinha 6.2 de magnitude, mas esse número foi revisado. A NHK afirma que a magnitude registrada foi de 6.4. Trinta minutos depois foi registrado outro tremor, de 5,7 graus de magnitude, sem alerta de tsunami.
Círculo de fogo do Pacífico
O Japão está localizado sobre o chamado "Círculo de Fogo do Pacífico", uma das zonas sísmicas mais ativas do mundo, e sofre terremotos com relativa frequência. De acordo com a France Presse, o país chega cada ano registrar mais de 20% dos terremotos mais fortes do planeta. A infraestrutura do país foi desenvolvida especialmente para suportar os tremores.
Em 2011, um terremoto de magnitude 8,9 atingiu a costa nordeste do Japão, gerando um tsunami de até dez metros de altura que varreu a costa do país.
Por
causa do terremoto, pessoas foram obrigadas a deixar hotel em Kumamoto,
no sul do Japão, nesta quinta-feira (14) (Foto: Kyodo/ Reuters)
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