Servidores do RJ ocupam secretaria e fazem protesto no Centro da cidade
Manifestantes só sairão de sede da Fazenda com presença do secretário.
Policiais militares estavam no local acompanhando o ato por volta das 15h.
Por volta das 15h, cerca de 100 manifestantes conseguiram entrar na secretaria. Outros 100 se posicionaram na entrada do edifício, que fica na Avenida Presidente Vargas, uma das mais movimentadas do Centro do Rio. Para tentar dispersar os manifestantes, a segurança do prédio chegou a fazer uso de spray de pimenta contra os docentes e profissionais de educação.
O objetivo dos profissionais era conseguir uma audiência o secretário estadual da pasta, Júlio Bueno. Quando os manifestantes conseguiram forçar entrada, o representante da Fazenda estava almoçando.
À noite, a secretaria informou que que a porta de vidro do gabinete foi quebrada pelos manifestantes e que os servidores que trabalham no prédio foram orientados a deixar o edifício.
O Sepe nega que a porta do gabinete tenha sido quebrada e afirmou que não houve depredação ou vandalismo. Segundo o sindicato, idosos aposentados entre os integrantes do grupo que ocupa a secretaria e, para o Sepe, "vandalismo é não pagar os salários" deles.
De acordo com o sindicato, a ocupação continuará até que os representantes sejam recebidos pelo secretário Júlio Bieno. A Polícia Militar foi ao local e acompanhou o ato, mas não houve registro de confronto com os manifestantes.
Governo condena ação
Na tarde desta quinta, o Governo do Estado emitiu nota informando que condena o ato dos servidores que invadiram a sede da secretaria.
Segundo o texto, o governo considera "legítimo o direito de manifestação, desde que não ocorram prejuízos aos serviços prestados à população e sejam respeitadas a integridade física das pessoas e a preservação do patrimônio público".
A nota informa que houve depredação das instalações da Secretaria de Estado de Fazenda. e que "jamais compactuará com procedimentos conduzidos pela falta de interlocução e pela prática de danos ao patrimônio público".
Escolas ocupadas
O número de escolas ocupadas no Rio continua a crescer. A Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) informa que já identificou 36 colégios ocupados, enquanto os representantes do movimento "Escolas do RJ em Luta" falam em 40.
As reivindicações de estudantes vão de melhorias de infraestrutura ao apoio à greve dos professores, que já passa de um mês. Eles criticam também a falta de merenda, a superlotação e o calor das salas de aula. Os alunos dizem que continuam a ter aulas.
Mais cedo, o representante da Seeduc, Caio Castro Lima, disse ao Bom Dia Rio que mais de 35 mil estudantes foram afetados. Ele afirmou ainda que uma proposta do grupo já foi aceita.
"A primeira proposta efetiva que a secretaria fez foi [aceitar] um dos pedidos dos dois lados do movimento, que é que a a direção seja escolhida pelos professores, pelos alunos e pelos pais. A secretaria já aceitou isso", afirma.
Em nota, a Seeduc informou que vai encaminhar equipes para correções de infraestrutura nos colégios.
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