Cachoeira foi avisado na véspera sobre operação, diz programa
Áudios divulgados mostram que delegado avisou o bicheiro.
'À noite, se puder me avisar o que é, me fala', pede o contraventor.
O bicheiro Carlos Augusto Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, foi
avisado que algo estava prestes a acontecer horas antes da Operação
Monte Carlo, segundo divulgou neste domingo (6) o programa “TV Folha”,
do jornal “Folha de S. Paulo”.
Segundo o programa, o delegado federal Fernando Byron alertou Cachoeira que ocorreria uma operação em Brasília. Mas o próprio delegado teria sido despistado pela cúpula da Polícia Federal e também acabou sendo preso juntamente com Cachoeira, em fevereiro. O contraventor é apontado como chefe de uma quadrilha de jogo ilegal em Goiás.
“Fui convocado para uma operação. O destino é Brasília, né? Tá levando a superintendência todinha. A maioria dos delegados, acho que vai sobrar uns pouquinhos, e as... praticamente todos os agentes, escrivães... é uma porrada de gente. Não tem nada a ver com a gente. Um serviço lá em Brasília. Pode ficar tranqüilo”, diz Byron, segundo áudio exibido pelo programa.
Na mesma ligação, Cachoeira faz um pedido ao delegado: “À noite, se puder me avisar o que é, me fala”.
O contraventor, então, aciona Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, para tentar buscar informações sobre a operação. “Vai ter um negócio aí em Brasília amanhã. [...] O pessoal de Goiânia ta indo todo mundo pra aí. Vê o que que é, o assunto”, diz Cachoeira ao auxiliar.
O programa “TV Folha” divulgou ainda um áudio em que Lenine Sousa - braço direito de Cachoeira, segundo a reportagem -, traça um plano de fuga na manhã em que a operação foi deflagrada, no dia 29 de fevereiro.
“Vamo embora daqui. Rápido, rápido, rápido. Acho que a política tá vindo aí. Qualquer coisa, eu já vazei”, diz Lenine na ligação a um interlocutor não revelado. Ele conseguiu fugir, mas se entregou à polícia 14 dias depois, segundo o programa.
O suposto esquema de Carlinhos Cachoeira é alvo, no Congresso Nacional, de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar o envolvimento de políticos e empresários com o grupo do bicheiro.
Segundo o programa, o delegado federal Fernando Byron alertou Cachoeira que ocorreria uma operação em Brasília. Mas o próprio delegado teria sido despistado pela cúpula da Polícia Federal e também acabou sendo preso juntamente com Cachoeira, em fevereiro. O contraventor é apontado como chefe de uma quadrilha de jogo ilegal em Goiás.
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Áudios obtidos pelo programa mostram que Byron não sabia do que se
tratava a operação. “Não tem nada a ver com a gente”, disse o delegado
em uma ligação telefônica com Cachoeira.“Fui convocado para uma operação. O destino é Brasília, né? Tá levando a superintendência todinha. A maioria dos delegados, acho que vai sobrar uns pouquinhos, e as... praticamente todos os agentes, escrivães... é uma porrada de gente. Não tem nada a ver com a gente. Um serviço lá em Brasília. Pode ficar tranqüilo”, diz Byron, segundo áudio exibido pelo programa.
Na mesma ligação, Cachoeira faz um pedido ao delegado: “À noite, se puder me avisar o que é, me fala”.
O contraventor, então, aciona Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, para tentar buscar informações sobre a operação. “Vai ter um negócio aí em Brasília amanhã. [...] O pessoal de Goiânia ta indo todo mundo pra aí. Vê o que que é, o assunto”, diz Cachoeira ao auxiliar.
O programa “TV Folha” divulgou ainda um áudio em que Lenine Sousa - braço direito de Cachoeira, segundo a reportagem -, traça um plano de fuga na manhã em que a operação foi deflagrada, no dia 29 de fevereiro.
“Vamo embora daqui. Rápido, rápido, rápido. Acho que a política tá vindo aí. Qualquer coisa, eu já vazei”, diz Lenine na ligação a um interlocutor não revelado. Ele conseguiu fugir, mas se entregou à polícia 14 dias depois, segundo o programa.
O suposto esquema de Carlinhos Cachoeira é alvo, no Congresso Nacional, de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar o envolvimento de políticos e empresários com o grupo do bicheiro.
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